Luanda - O lançamento do ANGOSAT-2, a 12 de Outubro de 2022, está entre os motivos da escolha de Luanda para albergar, de 2 a 5 de Abril, a III edição da Conferência Espacial de África 2024 (em inglês-New Space Africa Conference 2024).
A informação é do porta-voz da conferência, Gilberto Gomes, que falava esta quarta-feira, em conferência de imprensa, para mais esclarecimento sobre o New Space Africa Conference 2024.
Para o também representante do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPN), os investimentos do Governo angolano no sector espacial, com produtos e soluções desenvolvidos desde 2016, chamaram atenção internacional.
Assim sendo, disse, esses esforços do Governo permitiram que Angola estivesse presente em várias plataformas internacionais de discussões na área do espaço, como no Comité para a Área de Exploração Pacífica do Espaço Exterior, um órgão das Nações Unidas.
Apontou ainda que Angola foi ainda admitido na Conferência Internacional Astronáutica, bem como, com a ida do Presidente da República, João Lourenço, em Dezembro de 2023, aos Estados Unidos de América, firmou-se acordo com a Artemis, programa de voo espacial, tornando-se a 33ª nação a entrar no programa.
Gilberto Gomes fez saber que na III edição da Conferência Espacial de África 2024, vai participar, pela primeira vez, a expor, a Agência Espacial Americana (NASA), a maior do mundo no sector.
Por seu turno, o director- geral da empresa Space in Africa, Temidayo Oniosun, reconheceu estarem orgulhosos pelo desempenho e tecnologias que Angola tem usado para resolver problemas e acredita que o GGPN está em condições de desenvolver muito mais.
A Conferência Espacial, organizada pela União Africana, prevê a adesão de 400 pessoas, 51 organizações de 44 países e quatro continentes, entre agências espaciais, empresas e startups.
Vai proporcionar o diálogo entre políticos, os maiores líderes e actores da área, empresários, entidade players da indústria espacial, com partilha de ideias para oportunidades e consequentemente o desenvolvimento espacial em África, com exposições, painéis principais e networking.
O evento, avaliado em mais de USD 100 milhões (um dólar vale em kz 832,633), vai destacar o potencial transformador das iniciativas espaciais na abordagem da disparidade socioeconómica em África.
O Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional tem a responsabilidade de gerir os projectos que resultam em fortes passos na industrial espacial e no sector da comunicação por satélite.
As agendas das Nações Unida 20/30 e a Africana 20/63 recomendam a busca de tecnologia espacial para o alcance de várias metas tecnológicas.
A primeira edição da Conferência Espacial de África foi realizada no Quénia e a segunda na Côte d Ivoire. ML/AC