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Angola age em conformidade com a indústria extractiva mundial

     Economia              
  • Luanda • Terça, 05 Abril de 2022 | 21h52
Sonangol aposta no desenvolvimento do sector petrolífero
Sonangol aposta no desenvolvimento do sector petrolífero
Divulgação

Luanda - O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, reafirmou, esta terça-feira, que o país continua a aperfeiçoar e a agir em conformidade com a dinâmica da indústria extractiva mundial, contribuindo para o aumento das explorações e concessões de áreas petrolíferas.

Desta forma, de acordo com o governante, a indústria extractiva vai continuar a estabilizar-se e a dar o seu contributo para o desenvolvimento económico de Angola.

Diamantino Azevedo, que testemunhou o acto da abertura das propostas para a licitação de oito blocos petrolíferos offshore nas bacias do Baixo Congo e do Kwanza, ressaltou as melhorias registadas no sector, desde que foi alterado o modelo de governação da instituição.

“Estamos aqui, mais uma vez, para presenciar a cerimónia ligada à licitações de concessões petrolíferas, processo regular neste mandato, contribuindo para o estado actual da nossa indústria”, considerou o ministro.

No quadro das melhorias, apontou a criação da Agência  Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), como reguladora e concessionária para o upstream (actividades de exploração e produção de óleo e gás),  a operacionalização do Instituto Regulador de Derivados de Petróleo (IRDP), que está ligado ao downstream (actividades de refino, transporte e distribuição e comercialização), além da  melhoria da legislação.

Sobre a legislação, Diamantino Azevedo  diz ter havido melhorias nos procedimentos da aquisição do direito de parceria com a concessionária, a Lei  do Gás, o direito sobre os campos marginais e áreas de desenvolvimento, a liberalização do downstream a criação do novo Consórcio de Gás.

Segundo Diamantino Azevedo, as acções então a impactar positivamente nas  licitações, um  trabalho que se quer dar continuidade, garantindo, para isso, a existência de legislação para facilitar este processo, como o Decreto Presidencial sobre a Oferta Permanente de Concessões e outras estratégias.

Com base nos passos até aqui dados, o ministro pede para debates profícuos e, se necessário, o acompanhamento devido das mudanças que estão a ser feitas.

“Se queremos ser positivos e contribuir para a indústria do país, devemos ser responsáveis e dar o devido valor ao que foi feito”,  advogou Diamantino Azevedo.

Disse ainda que o país deve procurar  mais recursos, caso queira manter a indústria extrativa em actividade.

Reavaliar o  potencial  do crude

Ainda no acto das licitações, o presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo,  referiu que foi definida a estratégia de reavaliar o potencial petrolífero existente nos blocos  outrora já explorados, assim como a sua reativação e  exploração.

Com a licitação dos oito blocos, seis dos quais passam as ofertas permanentes, ou seja, a oferta permanente em caso de as empresas não  apresentarem os documentos nesta fase.

As propostas abertas esta terça-feira, pela ANPG, dão conta da recepção de apenas três, do concurso público limitado por convite do processo de licitação/2021, referente aos blocos petrolíferos nas bacias do Baixo Congo (16/21, 31/21, 32/21, 33/21 e 34/21) e do Kwanza (7/21, 8/21 e 9/21), lançado a 25 de Fevereiro do corrente ano, no âmbito da Estratégia Geral de Atribuição de Concessões 2019-2025.

A ENI, em consórcio com a Equinor Energy, concorre no bloco 31/ 21, e a Total Energy, no bloco 16/21.

Com estes  blocos em licitação, a ANPG quer também estimular a atracção de empresas com experiência comprovada  e conhecimento acumulado na exploração de hidrocarbonetos em bacia com reconhecida complexidade geológica.

Aos investidores, Paulo Jeronimo  lembrou  as melhorias  feitas no ambiente de negócios, realçando a sensibilidade do Executivo com a criação de um pacote legislativo favorável e um conjunto de incentivos, no quadro da reestruturação do sector.

O responsável da concessionária nacional  reforça  em manter o diálogo com os parceiros e reitera a garantia que Angola continua a ser um lugar de escolha para os investidores  no sector petrolífero em África e no mundo.





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