Lobito - O ministro do Comércio e Indústria, Victor Fernandes, espera a redução dos preços dos insumos agrícolas, com a inauguração da fábrica de fertilizantes Angata, esta sexta feira, na cidade do Lobito, província de Benguela.
Em conferência de imprensa, o governante afirmou que o objectivo do Governo, a médio e longo prazo, é a criação de mais fábricas do género no país, com vista a contribuir para diversificação da oferta de produtos agrícolas.
Por sua vez, o ministro da Agricultura, Pecuária e Pescas, António Francisco de Assis, disse que o seu pelouro será o primeiro candidato a adquirir os produtos da Angata, para distribuir às províncias do Huambo, Bié e Cuando Cubango.
“Quando estes produtos começarem a chegar às diferentes regiões, todos vamos testemunhar o crescimento da agricultura no pais”, enfatizou.
Porém, António Francisco de Assis afirmou que a capacidade instalada na fábrica ainda não é suficiente para atender a demanda do país, pelo que os empresários não devem receiar trabalhar e investir nesse sector e desenvolver a agricultura.
Por sua vez, o director-geral da Angata, Christian Louvet, ao fazer a apresentação da fábrica, informou que, em 2020, a sua empresa, a primeira do género em Angola, importou mais de 25 mil toneladas de adubos e realizou um volume de negócios de mais de 15 milhões de dólares.
Este ano, fez mais de 200 análises de solos e permitiu produzir acima de 15 mil toneladas de fertilizantes NPK, especícfico e adaptados às necessidades do solo e das culturas angolanas.
“Hoje, temos uma gama completa de insumos agrícolas que estão a ser desenvolvidas no país por uma equipa de profissionais experimentados”, sublinhou.
A Angata tem 10 mil metros quadrados de cobertura, câmara de frio para conservação dos produtos, labotarório para análises dos solos e fertilizantes, uma misturadora de adubos de alta tecnologia para a produção de NPK e uma capacidade de produção de 500 toneldas/dia.
É uma parceria com o grupo sul-africano ZD, com um investimento de 1.6 milhões de dólares. Foi construída em 2015, mas começou a funcionar, efectivamente, desde Agosto de 2020, e já vendeu mais de 10 mil toneladas de fertilizantes para clientes como a Biocom, Aldeia Nova e outros.
Tem cerca de 50 trabalhadores efectivos, todos angolanos, e espera atingir entre 200 a 300 empregados eventuais, segundo Christian Louvet.