Luanda - Os processos de alienação total (100%) do Banco de Comércio e Indústria (BCI) e parcial (51%) da ENSA - Seguros de Angola encontram-se já na sua fase final, com a previsão de se conhecer os compradores em Novembro deste ano.
No caso do BCI, já foram encontradas, pela Comissão encarregue ao processo, as duas empresas concorrentes que vão à Bolsa da Dívida de Valores de Angola (Bodiva), para o leilão, sendo que Setembro estavam na corrida candidatos angolanos e sul- africanos.
O facto foi avançado, pelo presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão e Participações do Estado (IGAPE, Patrício Vilar, sublinhando que "o BCI, é a primeira instituição de referência nacional a ser privatizada em bolsa".
Em entrevista à Televisão Pública de Angola, terça-feira, no espaço "Grande Entrevista", o responsável acrescentou tratar-se de uma instituição financeira pequena e mais maleável do ponto de vista de operação em bolsa.
O BCI tem na sua estrutura accionista actual o Ministério das Finanças (98,915%), a Sonangol, Ensa, Porto de Luanda e TAAG, com 0,1894% cada, a Ceval, TCUL, Endiama e Angola Telecom, ambos com 0,0794%, e a Bolama (0,0094%).
Após o BCI, seguem outros activos do sector financeiro a privatizar pelo Estado, detidos no BCGA-Banco Caixa Geral de Angola (25%) e no BAI - Banco Angolano de Investimento (10%), processo que vai decorrer até Julho de 2022.
Enquanto isso, a "privatização" parcial da ENSA - Seguros de Angola encontra-se na fase de avaliação dos candidatos, uma tarefa que, de igual modo, está na sua recta final.
Tal processo passa por uma avaliação interna dos candidatos, relacionada com a “due deligence” (diligência prévia), focada, entre outros pressupostos, na idoneidade e capacidade financeira para os investimentos necessários.
O processo de alienação parcial dessa seguradora foi lançado no mês de Junho, no quadro do Programa de Privatização (Propriv), em curso no país, tendo a primeira fase cingido-se na definição do preço- alvo da alienação dos 51% do seu capital social.
No seu todo, o capital social desta seguradora está avaliado em 20 milhões de dólares norte-americanos, definido no Decreto Presidencial nº.81/20, de 5 de Junho, que autoriza a privatização das participações desta empresa.