Moçâmedes - O director do Centro de Investigação Pesqueira do Namibe, José Francisco, informou, quarta-feira, que a presença de algas tóxicas pode ter sido a causa da morte de grande quantidade de peixes encontrados a flutuar, no fim-de-semana, nos mares do munícipio do Tômbwa (Namibe).
A informação foi avançada em conferência de imprensa pela Comissão Multissectorial criada para aferir as causas e consequências do aparecimento de peixes mortos nos mares do referido município.
As espécies mais afectadas são as garoupas, marquitas, sardinha e o choco.
Na ocasião, José Francisco explicou que na recolha de amostras nas zonas afectadas, constatou-se o reflorescimento ou excesso de algas “limo”, consideradas como uma das possíveis causas da morte dos peixes, por reduzir os níveis de oxigénio e aumentar a concentração de substâncias tóxicas no mar.
"Já foram recolhidas as amostras e enviadas para a capital do pais (Luanda) para uma analise mais conclusiva", salientou.
Lembrou que em 2024 foram feitos trabalhos de reflorescimento de algas, mas sem registo de mortes de pescado.
Por sua vez, o director do gabinete provincial das Pescas e do Mar, Piedade Gaonhe, deu a conhecer que estão proibidas a venda do pescado nos últimos dias.
Avançou que decorre, igualmente, um trabalha de monitorização, no município do Tômbwa, para acompanhar a evolução do fenómeno, com foco na constatação da coloração da água e no reflorescimento de algas.
Já director do gabinete provincial do Ambiente, Pedro Hangula, instou as empresas pesqueiras a evitarem processar o pescado com a água do mar, porque a mesma poderá estar contaminada. VR/FA/ASS