Luanda- Seiscentos e 30 projectos de investimentos privados, avaliados em mais de 9.7 mil milhões de dólares ( 1 USD equivale a 828,895 kwanzas), deram entrada em cinco anos na Agência de Investimento Privado e Promoção de Exportações de Angola (AIPEX), para alavancar a economia do país.
A informação foi avançada esta sexta-feira, à imprensa, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administração(PCA) da AIPEX, Lello Francisco, sublinhando que 191 projectos já foram implementados, avaliados em 1.7 mil milhões de dólares norte americanos, direccionados para os sectores do Turismo, Indústria, Energia e Águas e Saúde.
O PCA da AIPEX, que falava à margem do 2º Fórum de Negócios Angola –União Europeia, adiantou que até final do corrente ano prevê-se a implementação de 200 projectos.
Lello Francisco referiu que actualmente a aposta da instituição é atrair investimentos na produção de produtos de consumo, com destaque para as proteínas animais, visando a redução da dependência de importações. O PCA fez saber, por outro lado, que apenas 22 por cento dos projectos da AIPEX são provenientes dos países da União Europeia e que, em termos, de volume de investimento, apenas são registados 9 por cento.
Por sua vez, o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João realçou que o país conta com a União Europeia, com a sua perícia, para uma cooperação de desenvolvimento, de modo a atrair mais investimentos europeus, bem como no apoio ao Governo angolano para a melhoria do ambiente de negócio, da diversificação da economia e racionalização das infraestruturas do país.
Conforme o ministro, o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023/2027 redireccionou os eixos estratégicos em dois pilares de desenvolvimentos que irão impulsionar o desenvolvimento sustentável e duradouro, assim como racionalizar as escolhas públicas em prol das populações.
Os referidos pilares irão garantir uma população saudável e qualificada, capaz de contribuir para um futuro melhor para o país e para as gerações futuras, bem como contribuir para uma maior produção de bens e serviços, com forte pendor no conteúdo local, fomentando o emprego, a racionalização das divisas e o fomento das exportações, com vista a estabilizar a moeda nacional.
“O PDN trás ainda os filtros de desenvolvimento, com vista a garantir um impacto de desenvolvimento, fazendo com que actuações do Governo e dos seus parceiros, incluindo a União Europeia, impactem de forma transversal sobre a juventude, igualdade do género, sustentabilidade ambiental, aumento da receita fiscal, uma melhoria do ambiente de negocio e comunidades rurais”, salientou.
A cooperação entre Angola e a União Europeia tem sido profícua para o desenvolvimento dos nossos países”, disse.
Considerou que o referido fórum representa um marco importante no percurso da relação Angola-União Europeia.
O 2º Fórum de Negocio Angola –União Europeia visa a facilidade de diálogo entre a EU-Angola, um projecto financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento, que visa apoiar Acções promovidas por instituições angolanas e europeias para aprofundar a troca regular de conhecimento e boas práticas nas áreas definidas pelo Acordo Caminho Conjunto Angola-União Europeia.
À margem do evento, que decorre sob o lema “ Global Gateway: Oportunidades de negócio para Angola e para a União Europeia”, será assinado um acordo de Facilitação de Investimento Sustentável (AFIS), União Europeira –Angola, o primeiro documento deste género a ser assinado entre a Comissão Europeia e um país a nível global.
Participam do encontro, representantes da União Europeia e dos Estados membros da UE acreditados em Angola, líderes do sector privado angolano e europeu, associações empresariais e da agência de apoio às exportações, bem como instituições financeiras. O 1º Fórum de Negócios Angola- União Europeia foi realizado em Bruxelas(Bélgica) no ano de 2022, em parceria com o Governo angolano.ASS/AC
