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Agrónomo augura maior aposta na agro-pecuária

     Economia              
  • Luanda • Segunda, 25 Novembro de 2024 | 23h52
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Agro-pecuária (Arquivo)
Agro-pecuária (Arquivo)
António Escrivão
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Agricultura de subsistência no Namibe (Arquivo)
Agricultura de subsistência no Namibe (Arquivo)
Rosário dos Santos - Angop

Luanda - O agrónomo Adérito Costa defendeu, recentemente, em Luanda, a criação de parcerias fortes na agro-pecuária, visando garantir a produção em larga escala e atender a indústria transformadora no país.

Em declarações à ANGOP sobre actividade nesse segmento a nível do território nacional, o técnico disse registar-se uma evolução, mas não, ainda, tão visível por ser uma cadeia que exige múltiplos actores.

No seu entender, é necessário que investidores, de forma colectiva ou singular, e instituições financeiras congreguem esforços no sentido de potenciar o sector, para o qual augura maior flexibilidade quanto às políticas que facilitem o âmbito das garantias exigidas aos empresários.

O objectivo, salientou, é, sobretudo, fazer com os produtores estejam à altura das necessidades do mercado interno.

Segundo Adérito Costa, igualmente fazendeiro, deve-se trabalhar mais para a coabitação entre a agricultura e a pecuária, tendo em vista a potencialização e melhores resultados e consequente sustentabilidade em ambas as áreas e da economia nacional, de forma geral.

Na outra parte da entrevista, o interlocutor da ANGOP falou sobre as principais dificuldades no exercício da actividade, sobretudo ligadas ao escoamento da produção, face à falta de transportes e o mau estado das estradas em algumas áreas do país.

Referiu-se a existência de empresários, e até mesmo pequenas e médias empresas, que fazem pecuária em zonas recônditas e enfrentam problemas na transportação dos bens por inúmeras razões, principalmente pelo mau estado da via e a falta de meios rolantes à altura das necessidades que se impõe.

“Esta situação faz com que a dinamização não seja a esperada”, disse o produtor de milho, batata, coentro, couve, repolho e ginguba, além de pitaya, culturas e fruticultura cuja actividade é desenvolvida num espaço de mais de cinco hectares.

A par do cultivo, dedica-se também à pecuária (nas espécies bovino, caprino e suíno), à avicultura e à piscicultura (tilápia, bagre e seguilhão). 

Quanto à produção, fez saber que anualmente, no que concerne à agricultura, consegue ter uma capacidade de resposta acima de 20 toneladas de produtos diversos, ao passo que na pecuária a safra ronda entre cinco a seis toneladas de carne e derivados.

Considerou não ser ainda a quantidade desejada, mas adiantou que a pitaya tem sido exportada para o mercado europeu, citando a Espanha e o Reino Unido, para onde é, grosso modo, direccionada a produção desta fruta.

Campanha agrícola envolve mais de 80 mil famílias

A província de Luanda tem 86 mil 626 famílias camponesas envolvidas na campanha agrícola 2024/2025, para o cultivo de uma área preparada de mais de quarenta mil hectares.

A apostar recai, entre outras culturas, para a produção do arroz e da soja, prevendo-se colher 330 mil 845 toneladas de produto diverso, mais 30 por cento em relação a campanha anterior, segundo dados do departamento local da Agricultura, Pecuária e Flora.

Foram disponibilizadas, numa primeira fase, 300 toneladas de insumos agrícolas, como fertilizantes e sementes diversas, além da ajuda que os camponeses têm recebido do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA), na aquisição de equipamentos, e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em formação e outros meios. ML/VC

 





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