Icolo e Bengo - O plano de acção do sector de energia 2023-2027, alinhado a agenda de longo prazo 2050, prevê a continuidade da diversificação do mix energético de forma a incorporar, pelo menos, 72 por cento de energias renováveis, soube-se hoje.
Esta informação foi prestada esta quarta-feira, em Abu Dhabi, pelo ministro da Energia e Água, João Baptista Borges, quando intervinha na 14ª Assembleia da Agência Internacional de Energias Renováveis, nos Emirados Árabes Unidos.
Segundo o governante, dos 72% de energias renováveis, 1,2 GW será de fonte solar, até ao ano de 2027 e, com isto, prevê-se atingir uma taxa de electrificação de 50 %, num investimento total de cerca de 12 mil milhões de Dólares Norte-americanos.
Neste caso, prosseguiu, as instituições financeiras e o sector privado são chamados a desempenhar um papel determinante.
De acordo com uma note de imprensa a que ANGOP teve acesso, prevê-se que o projecto de construção dos parques solares fotovoltaicos sejam concluídos nos próximos, contribuindo para o aumento da capacidade instalada de geração solar fotovoltaica em 584,50 MW injectados à rede e 90 MWh com 25 MWh de armazenamento com baterias.
Mais recentemente, foram aprovados e estão em efectividade, dois projectos de electrificação nas províncias do Leste e Sul de Angola que proporcionarão o acesso à electricidade a mais de seis milhões de habitantes em 132 localidades.
Estas soluções incluem principalmente os sistemas solares com acumuladores, as respectivas redes de distribuição, bem como sistemas solares individuais, o que encurtará o tempo de construção das infraestruturas.
Angola participa da 14ª Assembleia Internacional de Energias Renováveis em que líderes de vários estados-membros estão a discutir políticas, estratégias e projectos para impulsionar a transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável.
O evento que decorre até quinta-feira (18), está a discutir, entre outros temas, "As tecnologias emergentes", "investimentos", "políticas regulatórias" e "cooperação internacional para enfrentar os desafios da transição energética". AJQ