Cuito - O Fundo de Garantia de Crédito (FGC), da região centro do país, prevê assegurar, em cada ano, perto de mil micro e pequenas empresas, nas províncias do Bié, Huambo e Benguela, para ajudar na sobrevivência das mesmas.
A informação foi avançada hoje, quarta-feira, à ANGOP, no Cuito, pelo coordenador da FGC da região centro do país, Maísa Bumba, no final da sua visita de trabalho de três dias que efectuou nesta província.
Disse que, para o efeito, estão disponíveis cinquenta mil milhões de Kwanzas, para atender empresas que solicitarem financiamento no âmbito da Linha de Apoio aos Projectos de Desenvolvimento Sustentáveis (LAPAS), recentemente lançada.
O projecto poderá assistir as empresas, cooperativas, empreendedores em nome individual e famílias camponesas, vocacionadas na agricultura, pecuária, pescas, turismo e serviços de apoio ao sector produtivo, com um financiamento de até 200 milhões.
Aqui, as garantias são automáticas, face ao tempo de análise que os bancos levam para a cedência dos créditos.
De acordo com Maísa Bumba, os empresários não vão precisar hipotecar mais nada, na verdade, o FGC vai se encarregar de remeter aos bancos filiados as garantias de cada projecto solicitado.
Em caso de incumprimento, o responsável esclareceu que os bancos poderão notificar a garantia pública, que, por sua vez, o FGC compromete-se em reembolsar até oito milhões de kwanzas e as respectivas empresas ficarão devedoras e consequentemente penalizadas por este organismo.
O FGC tem assinado memorandos de entendimento com os bancos Millenium Atlântico, BCA, Caixa Angola, Yetu e Créditos do Sul.
Apesar de a linha ser ainda nova, o responsável informou que já recepcionou cerca de 15 projectos, com maior destaque para os empresários da província de Benguela.
Durante a estada no Bié, a comissão regional do Fundo de Garantia de Crédito manteve encontro com o Governador da província do Bié, Pereira Alfredo, bem como avaliou o estado de algumas empresas locais que se submeteram aos financiamentos públicos.
Reuniu-se com os empresários dos nove municípios da província, que conta com pouco mais de15 mil agentes económicos, destes, mais de mil candidataram-se para os diversos financiamentos públicos.
Da triagem feita, apurou-se cerca de trezentos processos que estão devidamente organizados e já remetidos aos órgãos competentes para os passos subsequentes junto do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA).
Até a presente data, contabiliza-se já o financiamento de mais de duzentos empresários no âmbito do Programa Integrado de Desenvolvimento do Comércio Rural (PIDCR).LB/PLB
