Lobito - O Aeroporto Internacional da Catumbela "Paulo Teixeira Jorge" vai proporcionar maior circulação de massa monetária quando começar a receber voos de companhias estrangeiras, considera o director-geral do projecto Hotéis de Angola, Jorge Nunes.
"Estamos a falar do Corredor do Lobito, da Refinaria e de outras empresas que vão movimentar muitos expatriados", afirmou.
Para Jorge Nunes, que falava este sábado à ANGOP, este empreendimento é o investimento mais importante na província nos últimos vinte anos.
"O Aeroporto Paulo Teixeira Jorge" vai movimentar aquelas cargas que precisam de transporte rápido e urgente como a exportação de fruta, peixe fresco, hortícolas e outros, para várias regiões", disse.
O responsável acredita ser uma plataforma que vai ajudar muito o turismo, tendo em conta o triângulo mais importante de Angola no sector que é Benguela, Huíla e Namibe.
"A partir deste triângulo podemos chegar facilmente a Whindoek (Namibia) e Joanesburgo (África do Sul) e dizer aos seus operadores para vender bilhetes de avião para Catumbela porque temos alojamento, restauração, roteiros e uma dinâmica turística", sugeriu.
Na sua opinião, esta situação vai fazer com que aumente a demanda.
"Ainda há hotéis fechados, como é o caso do Rio Mar, na Catumbela, e o Lobito Hotel. Os seus proprietários vão recuperar esses activos para rentabilizá-los", afirmou.
Em função disso, haverá mais postos de trabalho, dinheiro a circular e subsistência das famílias.
Referindo-se à concorrência no seio dos actores do turismo, disse ser salutar, na medida em que leva a melhorar a eficácia e eficiência.
"Uma coisa é ir a um lugar onde só tem galinha rija e outra é encontrar noutro lugar o mesmo produto acrescido de um funge", exemplificou.
O director é de opinião que "se quisermos sobressair nesta sociedade, temos de ter produtos diferenciados, porque quanto mais diversificados, mais pessoas vêm a procura da gastronomia, roteiros turísticos e alojamento".
Lembrou que, fora de Luanda, Benguela é a província que mais recebe turistas.
Alertou, no entanto, sobre a necessidade de se melhorar na componente da formação, abastecimento e na cadeia logística.
"Estamos a trabalhar a vários anos para a demanda que esperamos que venha a acontecer", assegurou o empresário. TC/CRB