Luanda – Um projecto agrícola destinado a ajudar seis mil mulheres agricultoras em Angola foi lançado hoje, no município do Icolo e Bengo, em Luanda, pela Organização Não-Governamental “Apoio para o Desenvolvimento de Povo para Povo (ADPP)”.
O projecto, a ser desenvolvido nos próximos cincos anos, nas províncias de Luanda, Malanje, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Huíla e Namibe, está orçado em um milhão de Dólares americano, e é financiado pelos Estados Unidos, através da sua Agência Internacional para o Desenvolvimento (USAID).
Vai beneficiar oito municípios de cada uma das províncias selecionadas e será gerido pela ADPP Angola..
Ao presidir o acto de lançamento do projecto, a secretaria de estado da Família e Promoção da Mulher, Elsa Barber, disse que o momento actual obriga a inovação, a imaginação e a definição de novas estratégias, em alinhamento com o contexto actual da Covid-19.
Afiançou que o mesmo vai contribuir para a remoção de barreiras no domínio do empoderamento económico das mulheres, da justiça e para a autonomia delas no meio rural e desenvolvimento das suas comunidades.
“O Governo angolano está disponível em continuar a dialogar e trabalhar com os parceiros interessados no bem-estar da mulher, no seu empoderamento e eliminação das assimetrias, devolvendo-as a dignidade que merecem”, referiu.
O encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA em Angola, Greg Segas, elucidou que o projecto da mulher rural visa promover a capacitação económica dessa classe, através de actividades que assentam em três pilares fundamentais: mulheres a prosperarem, bem sucedidas e capacitadas economicamente.
Na óptica do diplomata, que reconheceu o potencial angolano para a transformação da agricultura de subsistência para a comercial, o programa proporcionará o aumento da produção por via do desenvolvimento de competências e do reforço da cadeia de valor.
Por seu turno, Rikke Viholm, presidente da ADPP em Angola, disse que o objectivo é organizar maioritariamente mulheres agricultoras para receberem treino e apoio prático, fornecer elementos sobre as técnicas de agricultura e apoio de conservação, velar pela melhoria da segurança alimentar e criar excedente para a venda.
A administradora do Icolo e Bengo, Humberta Paixão, espera que a iniciativa ajude a eliminar as barreiras e empodere as cooperativas, para se levar comida às mesas das famílias angolanas.
O município de Icolo e Bengo é potencialmente agrícola, com elevado número de mulheres inseridas nessa actividade e habilitadas para liderarem as suas cooperativas.