Ondjiva – O director do gabinete para o Desenvolvimento Económico e Integrado da província do Cunene, Felisberto Hisimongula, pediu esta terça-feira, às administrações municipais no sentido de evitarem a cedência de espaços para a exploração de inertes próximo das estradas, de modo a acautelar o surgimento de ravinas.
Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia do Mineiro angolano, assinalado a 27 de Abril, o responsável referiu que as administrações têm a autonomia de licenciar as empresas de exploração de inertes e essas devem ter o cuidado na atribuição de espaços.
“A exploração ao longo das estradas é um perigo, que podem evoluir e causar outros prejuízos como o surgimento de ravinas”, lembrou.
Apelou às empresas no sentido de obedecerem às normas de exploração e avaliar sempre o impacto ambiental junto das comunidades, bem como evitar o derrube da vegetação que protege o solo.
O responsável destacou a importância dos recursos minerais no desenvolvimento da economia nacional.
Fez saber que segundo o PLANAGEO, o complexo gabro-anortosítico (rochas ornamentais) do Cunene, com uma extensão de 45 mil quilómetros quadrados, é o segundo maior do mundo.
Felisberto Hisimongula realçou que o processo de exploração de rochas ornamentais, no complexo Gabro-anortosítico, teve início em 2023, com o quartzito e mármores, na comuna de Otchinjau, município da Cahama.
Os inertes estão a ser usados nas empreitadas de combate aos efeitos da seca no sul de Angola, em curso na província, tais como: barragens de Ndue e Calucuve, Canal do Cafu, barragem da Cova do Leão, e outras.
Na província do Cunene estão licenciadas 10 empresas, destas seis cingem - se na exploração de inertes aplicados à construção civil, tais como areia, solos, e granito para brita.
O Dia do Mineiro angolano foi instituído a 27 de Abril de 1985, dez anos após a independência do País. PEM/LHE/ASS
