Administração da Maianga quer fim de venda desordenada no distrito

     Economia           
  • Luanda     Sexta, 24 Fevereiro De 2023    13h35  
Vendedoras ambulantes
Vendedoras ambulantes
Aurélio Cua

Luanda – As autoridades do distrito urbano da Maianga propõem-se em acabar, em breve, com a venda ambulante desordenada em vinte pontos referenciais, com vista a conservar a imagem dessa circunscrição, manter a sua higiene e redistribuir os vendedores em locais apropriados.

Essa intenção vem expressa num Plano Estratégico sobre a Venda Ambulante Desordenada na zona, uma grande preocupação da Administração, por ocorrer em sítios impróprios como avenidas, passeios, largos e áreas adjacentes a instituições públicas e privadas.

Do diagnóstico feito, os principais focos de venda desordenada no bairro Cassequel são a Cabeceira do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, no Largo da Teixeira; o Instituto Nacional de Estatística (INE), na Avenida Hochi Mini; e a paragem dos autocarros no Largo das Escolas.

Segundo o documento a que a Angop teve acesso, hoje, ainda no bairro Cassequel estão catalogados os arredores da Unidade de Reacção e Patrulhamento (URP) e ao redor do Instituto Médio de Economia de Luanda (IMEL), na Avenida Deolinda Rodrigues.

Enquanto isso, no Prenda/Rocha Pinto os comerciantes concentram-se no portão do Laboratório de Engenharia de Angola (LEA); no Largo do Zamba-2, na rua Comandante Arguelles; defronte ao Nosso Centro, ao Terminal de Carga e à Força Aérea Nacional (FAN), igualmente na 21 de Janeiro.

A Praça do Nunes, junto à Lusolanda é outro foco, na Avenida Revolução de Outubro, que muito preocupa a Administração do distrito urbano da Maianga, conforme o referido Plano Estratégico sobre a Venda Ambulante Desordenada nessa parcela da cidade de Luanda.

Já no próprio bairro da Maianga Sede, as vendas ocorrem próximo ao supermercado Martal, defronte ao banco BIC e dos Correios de Angola, na rua Marien Ngouabi; nas imediações dos hospitais David Bernardino e Josina Machel, na Avenida Revolução de Outubro.

Entre os pontos deste bairro, constam também as circunvizinhanças da Maternidade Lucrécia Paím e da Rádio Nacional de Angola (RNA), na Avenida Comandante Gika; e do Instituto Nacional de Luta Contra o HIV-SIDA, na rua 1º Congresso.

Pontos críticos, motivos e soluções

Após levantamento, ficaram identificados como locais críticos o Largo da Teixeira, cujo ponto de concentração de mais de mil e 500 comerciantes é a Cabeceira do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro; e a entrada da Praça do Nunes (mais de 350 ambulantes), na Revolução de Outubro.

O redor da Vila do Gamek, na Avenida 21 de Janeiro, é outro foco de desordem acentuada provocada por mais de 220 comerciantes.

Conforme o estudo, entre outros factores, essas práticas e cenários decorrem da insuficiência de mercados, de fiscalização e de policiamento na zona; do desemprego; da precariedade das famílias; da baixa renda; do congestionamento do trânsito automóvel em horas de ponta.

Para contornar essa desordem, a Administração projecta a reabilitação e ampliação de algumas infra-estruturas, deslocação de vendedeiras para mercados como os do Catinton e 4 de Abril, assim como trabalhar com empresários privados para a criação de novos espaços e feiras sazonais.

Por outro lado, adoptou um plano intensivo de sensibilização que permitirá traçar estratégias que visem reduzir o impacto destas acções comerciais no distrito, oferecendo soluções alternativas de inclusão e enquadramento destes vendedores na circunscrição.

Na sequência, foram feitos trabalhos de sensibilização, prevenção e combate à venda desordenada, por uma equipa composta por fiscais, agentes da Polícia Nacional e parceiros da sociedade civil (associações, comissões de moradores e comerciantes locais).

A urbanização da Maianga tem cerca de 27 quilómetros quadrados de superfície e uma estimativa de 716.684 habitantes. Tem uma densidade populacional média de 26.543 cidadãos por km2 e está subdividida pelos bairros Maianga Sede ou Centro, Cassequel e Prenda/Rocha Pinto.JD/MDS/PPA





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