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Acordo bilateral para construção da Barragem de Baynes é rubricado em Setembro

     Economia              
  • Malanje • Terça, 04 Junho de 2024 | 16h52
Reunião binacional para acertos sobre o projecto de construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Baynes (AHB)
Reunião binacional para acertos sobre o projecto de construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Baynes (AHB)
Aurélio Cua-ANGOP

Malanje- O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, anunciou hoje, terça-feira, em Malanje, que a assinatura do acordo bilateral entre Angola e a Namíbia para o início da construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Baynes (AHB) será rubricado em Setembro deste ano.

João Baptista Borges deu esta garantia no termo de um encontro com o seu homólogo da Namíbia, Tom Allweendo, decorrido no Aproveitamento Hidroelétrico de Laúca, no município de Cacuso.

De acordo com o ministro, o acordo bilateral será rubricado pelos Chefes de Estado dos dois países, selando o compromisso mútuo para execução do referido projecto, que considerou vital para estender a rede eléctrica e promover trocas energéticas não só entre Angola e Namíbia, mas também com outros países da SADC, incluindo África do Sul e Botswana, com os quais a Namíbia já está interligada.

O referido encontro será antecedido por um outro entre o Ministério da Energia e Águas de Angola e o das Minas e Energias da República da Namíbia.

João Baptista Borges assinalou que, no encontro, se aprovou o modelo de financiamento público, mas deverá ainda ser submetido à apreciação dos Chefes de Estado.

“Se for financiamento público, teremos um ano para mobilizar fontes de financiamento em condições favoráveis para levar a cabo esta obra o mais rapidamente possível, visto que já se passaram 16 anos desde que os dois Estados tomaram tal iniciativa de construir o projecto”, acrescentou.

Sobre o valor do projecto, disse que se mantém a estimativa inicialmente acordada em um mil milhão 375 milhões de dólares norte-americanos, anotando que o custo final vai depender do resultado do concurso público para contratação da empresa executora.

As despesas serão comparticipadas pelos dois países, uma vez que cada um vai beneficiar de cerca de metade da capacidade a ser produzida.

O governante precisou que o encontro decidiu a conclusão urgente do estudo de impacto ambiental, numa altura em que Angola Angola já tomou a decisão de concluir a estrada que vai ligar o Porto do Namibe à localidade de Baynes, passando pelo Yona, troço fundamental para o arranque do projecto.

Por sua vez, o ministro das Minas e Energias da República da Namíbia, Tom Allweendo, reafirmou que a implementação de Baynes vai permitir estender a rede a nível do mercado da SADC e impulsionar o desenvolvimento económico e industrial dos países da região.

Frisou que, atendendo o preço da electricidade praticado actualmente, os dois lados acharam viável o financiamento do projecto com fundos públicos em detrimento do privado.

A reunião bilateral entre os ministros da Energia e Águas de Angola e o das Minas e Energia da República da Namíbia visou analisar o estudo de viabilidade ambiental, técnica e económica do projecto de Baynes, modelo de implementação e plano de reassentamento das comunidades.
O encontro culminou com a assinatura de um pré-acordo de implementação.

Histórico do Projecto Hidroeléctrico de Baynes

A Barragem binacional de Baynes será construída no Rio Cunene, no trecho internacional fronteiriço com a República da Namíbia, a cerca de 48 quilómetros a jusante das Quedas de Epupa, 200 quilómetros de Ruacaná, local em que o rio atravessa o desfiladeiro de Baynes.

O empreendimento vai ser constituído por uma barragem de betão compactado a rolo, com altura de 200 metros, mil 25 metros de comprimento de coroamento, 40 quilómetros de comprimento da albufeira e área inundada de 58,15 quilómetros quadrados num nível de pleno armazenamento.

A central de geração da barragem principal terá uma potência de 860 MW, com 4 unidades de 215 MW, sendo 430 MW para Angola e 430 MW para a Namíbia, estando garantida a integração do AHE Baynes às redes nacionais de energia dos respectivos países, através da rede de integração regional Angola/Namíbia (ANNA).

Prevê-se uma barragem de regulação, onde será instalada uma central com 3 unidades de 7 MW cada, totalizando 21 MW de potência, bem como área de inundação (“pegada” do reservatório), a estender-se por cerca de 6 quilómetros a montante.

A parede da barragem será utilizada simultaneamente como travessia rodoviária que liga o corredor rodoviário ocidental de Angola e da Namíbia.ACC/PBC

 

 





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