Académico destaca valor económico da mandioca na industrialização

     Economia           
  • Huambo     Sexta, 29 Março De 2024    21h33  
Especialista, Armando Valente
Especialista, Armando Valente
Joaquina Bento-ANGOP

Huambo - O especialista em agro-industria Armando Valentim ressaltou, esta sexta-feira, no Huambo, o valor económico das propriedades da mandioca, para o fomento da industrialização do produto, em busca de novas alternativas de emprego.

O professor universitário o facto durante o terceiro Fórum de Negócio e Conectividade, promovido pelo Grupo Media Nova, que congregou empresários, empreendedores, investidores e produtores de Angola e de países vizinhos, para discutir os desafios e as oportunidades do mundo dos negócios no século XXI.

Armando Valente disse ser fundamental aumentar a produção da mandioca para a sustentabilidade das fábricas de papel, que utilizam o amido, bem como estimular o desenvolvimento local com a multiplicação desta cultura que, ainda, é feita em segmentos bastante reduzidos.

Armando Valente lembrou que Angola importa o amido a partir do Egipto e de Israel, numa altura que o país possui terras aráveis para produção da mandioca com teor económico polivalente, capaz de promover o progresso sustentável, bem como o aumento da cadeia de negócios, para a vitalização das iniciativas empreendedoras.

Referiu ser oportuno o relançamento da produção da mandioca para auto-suficiência e, consequentemente, a promoção do desenvolvimento sustentável com a industrialização no país, bem como a implementação deste produtos para os enchidos industriais.

O especialista em agro-indústria Armando Valentim, exemplificou que uma fábrica para o seu funcionamento pleno, necessita de pelo menos 10 mil toneladas de amido, o que exige o fomento para a triplicação da produção dessa cultura a nível do país.

Justificou que a falta de capacidade de escoamento e o mercado da mandioca contribuíram na redução das práticas de produção no país, numa cultura dominada pelas famílias camponesas, cujos esforços estão concentrados para subsistência alimentar sem grandes impactos na economia nacional.

Disse que a Faculdade de Ciências Agrária da Universidade José Eduardo dos Santos, fez  um estudo plausível  sobre as variedades da mandioca ricas em propriedades de amido, capaz de  reduzir a importação e capitalizar a sustentabilidade das fábricas angolanas para o progresso econômico.

Mostrou que a produção da mandioca, para além do fabrico de diversas matérias-primas, pode ajudar na segurança alimentar das famílias.

Por seu turno, o naturopata Gabriel Joaquim, sugeriu a necessidade do Governo angolano concentrar, também, esforços na criação de laboratórios e equipamentos adequados  para a certificação das plantas medicinais no sentido de se elevar os níveis de desenvolvimento econômico do país.

Disse existir uma diversidade de plantas no país com propriedades curativas cujo valor é decisivo para a diversificação da economia assim como  a abertura de novas oportunidades de negócios  capazes de criar empregos para a juventude.

Para o efeito, recomendou uma maior aposta na disseminação de conhecimentos voltados à naturopatia para que seja possível a implementação do progresso através das plantas medicinais  existentes em Angola. LT/JSV/ALH





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