Luena – O preço do bombó nos principais mercados informais da cidade de Luena (Moxico) reduziu devido a fartura na produção do produto nas zonas agrícolas nos últimos três meses.
Numa ronda efectuada pela ANGOP esta quarta-feira, nos mercados informais do Alto-Luena, Baúca, Zorró/4 de Fevereiro e do Quilómetro 5, o saco de bombó de 150 quilogramas que, antes era comercializada no preço de 35 mil Kwanzas, actualmente custa 22 mil Kwanzas.
O milho, outro produto que registou fartura, o saco de 150 quilogramas, que até Dezembro de 2023, era praticado no valor de 55 a 60 mil Kwanzas, está a ser comercializado ao preço de 34 mil Kwanzas.
Em pequenas quantidades, o balde de cinco quilos de milho passou de quatro para três mil Kwanzas, ao passo que a mesma quantidade de bombó, era três mil e desceu para dois mil Kwanzas.
Ao falarem à ANGOP, as vendedoras disseram que o aumento da produção destes dois principais produtos da região deve-se a aproximação do inverno (época seca), que propicia a secagem e o processo de recolha do bombó e do milho.
Cecília Paula, de 45 anos de idade, uma das vendedoras do mercado do Alto-Luena, explicou que neste período há um fluxo considerável de agricultores que vêm comercializar a grosso, pois com mais oferta e pouca procura o valor do produto tende a reduzir.
Reiterou que os agricultores são "obrigados" a reduzir o preço devido a fartura do bombó e do milho, produtos que fazem parte da dieta alimentar da população desta região leste do país.
Já Simão Francisco disse ser uma época de colheita frutífera, para muitos agricultores que levaram a baixar o preço destes produtos alimentares.
Informou que a superlotação nos armazéns, também, está a contribuir na redução do preço, visto que existem, ainda, tanto bombó e milho no campo, provenientes das fazendas e lavras da região sul do Luena, para serem direcionadas nos principais mercados de venda.
Tchena Cayeye, também vendedor no mercado do Zorró, indicou que estes produto alimentar está mesmo fácil de se adquirir a um preço diminuto, e conseguem obter algum lucro diariamente de cinco, sete a 10 mil Kz pelo saco de 150 quilogramas.
A consumidora Teresa Santos disse que, com os preços praticados actualmente, muito inferior que o anterior, é fácil para o bolso e é uma forma de variar a dieta alimentar na família.
Segundo dados oficiais, Moxico é o segundo maior produtor da mandioca do país, atrás da província de Malanje.
Dados estatísticos do gabinete da Agricultura e Pecuária apontam que a província produz mensalmente 85 mil e 625 toneladas de mandioca. ISAU/LTY/YD
