Luanda- O Banco de Poupança e Crédito (BPC) registou lucros na ordem dos 18,9 mil milhões de kwanzas, no segundo trimestre deste ano, resultados que dão sinais de recuperação desta instituição financeira, depois de muitos anos no "vermelho".
Os resultados considerados de "muito excepcional", pelo seu presidente do Conselho de Administração, Cláudio Pinheiro, é fruto das melhorias em curso na instituição.
No primeiro trimestre deste ano, o BPC, banco público, teve um fecho de 1,1 mil milhões de kwanzas.
Entre os trabalhos em curso, refere que o Banco está a conferir, nos seus processos, mecanismos de decisão reforçadas, política de tolerância zero em relação a condutas "desviantes" e disciplina laboral "férrea", o que tem permitido trazer o banco para custos mais baixos e uma estrutura operacional que vai de encontro com a capacidade de geração de receitas.
Falando, sexta-feira, no encontro entre a ministra das Finanças com jornalistas, Cláudio Pinheiro admitiu que o BPC ainda não é o banco que se quer, mas que continua a ser recuperado sem interferências na liberdade na liberdade das competências.
Mas, com estes resultados graduais, Cláudio Pinheiro perspectiva que o Banco saia, ainda este ano, da 25.ª para 5ª posição do raking do sector bancário, em termos de resultados financeiros.
"É muito optimismo e arrisco, mas temos ainda a coragem de trabalhar, neste mês de Agosto, para até Dezembro conseguirmos chegar, em termos de resultados, e estar ao nível dos cinco bancos neste domínio", avançou Cláudio Pinheiro.
No domínio dos depósitos, disse estar-se a trabalhar na melhoria, o que já ten permitido um certo "desafocar" da liquidez.
"Em termos de depositos estamos a dizer que, hoje, o banco, pelo nível de qualidade de serviço permite-lhe recuperar gradualmente os saldos médios de depósitos", afirmou.
Por outro lado, acrescentou, a concepção de mais critérios dos créditos, com destaque para segmento de empréstimos aos particulares, almeja-se que qualquer cidadão deste país possa optar pelo BCP, como solução de serviços.
A aposta é melhorar os seus produtos, diferenciando-se dos demais serviços bancários no mercado, de acordo com o responsável.
O BPC conta, actualmente, com 270 agências/balcões nas 18 províncias do país.
Subsidiária também lucram
As empresas subsidiárias do BPC, com realce para a Fenix- Sociedade Gestora de Fundos de Pensões e a Mundial Seguros, de acordo com o presidente do Conselho de Administração, "empurram" o banco aos resultados positivos.
Segundo o presidente do Conselho de Administração do BCP, Cláudio Pinheiro, a Fenix fechou o exercício de 2022, com 224 milhões de kwanzas, com um crescimento de quase três vezes mais se comparado com o ano de 2021, cujo resultado foi de 84 milhões de kwanzas.
Já a Mundial Seguros - outra subsidiária no ramo dos seguros, registou também resultados positivos no primeiro e segundo trimestre deste ano de 2023
Em 2022, esta subsidiária fechou com 390 milhões de kwanzas, depois de vários anos consecutivos de resultados negativos.NE/PPA