Lubango - O Campeonato Nacional individual de Xadrez em juniores, em ambos os sexos, que começou a ser disputado hoje, quarta-feira, no Lubango, está a ser marcado por um fraco apoio, que gera dificuldades no alojamento, alimentação e mobilidade dos atletas.
O evento que decorre até 08 do mês em curso conta apenas com o apoio institucional do Governo da Huíla, que cedeu a estrutura para o alojamento dos atletas e uma ajuda financeira de 200 mil kwanzas da Federação Angolana de Xadrez (FAX) para gastos iniciais.
Estão a participar 43 xadrezistas, dos quais 11 mulheres, dos mais de 50 previstos, das províncias do Cunene, Luanda, Malanje, Namibe e a Huíla, as outras desistiram na última da hora, sem justificação à comissão organizadora.
A informação foi avançada pelo presidente da Associação provincial de Xadrez (APX) da Huíla, Vicente Silva, referindo que a falta de patrocínio está a prejudicar o evento, porque os jogadores encontraram dificuldades, tanto de alojamento, de alimentação e ainda estão impedidos de realizar passeios por falta de transporte.
O também director do Campeonato referiu que gostariam de ter todos os atletas instalados na escola onde decorre a prova, com a alimentação incluída, mas não está a ser possível por falta de capacidade financeira, pelo que estão no local apenas perto de vinte e os restantes estão hospedados em casas de parentes.
“Nos disponibilizamos lugares para todos, mas preferiram ir para outros sítios, demos um pacote para alojamento e alimentação para que eles comparticipassem, mas talvez seja essa a maior causa de não aderirem, a falta de capacidade para suportar o pacote de comparticipação”, manifestou.
Declarou que o apoio ínfimo da federação serviu para a deslocação local para pedidos de patrocínio, recargas telefónicas, um valor que ajudou na decoração da sala de jogos, gastos de limpeza e o combustível para o gerador, pelo que para organizarem um campeonato condignamente precisariam de mais de dois milhões de kwanzas.
Assinalou que as portas batidas de empresas privadas, não se abriram, por alegada incapacidade financeira e outras simplesmente não responderam à carta.
Toda via, mesmo com a carência, Vicente Silva salientou que as expectativas são boas em termos de competições, dadas performances dos presentes.
Por sua vez, o director do Gabinete provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos da Huíla, Osvaldo Lunda destacou que os atletas devem pautar pelo fair-play, pois se querem ser bons desportistas, têm de saber respeitar o adversário.
A edição de 2022 do Campeonato decorreu em Setembro, no Namibe, ganha em masculinos pelo Mestre Amaro Lutuima da Escola Macovi Sport Clube de Luanda e em feminino, pela Renelsa António, do René Castilho do Cunene. EM/MS
