Luanda - Os restos mortais do antigo jornalista desportivo da Televisão Pública de Angola (TPA), Manecas Madeira, falecido por doença, foram hoje, a enterrar no Cemitério de Santa Ana, em Luanda.
Num momento de comoção e tristeza, depois da missa de corpo presente na Paróquia de Fátima, coube ao também jornalista Armando Narciso da TPA ler o elogio fúnebre, que destaca os feitos do companheiro.
"Foi com alguma admiração que recebemos a informação da morte do Manecas, que foi das pessoas que me recebeu na TPA. Pena é que muitos dos jovens que agora chegam não vão ter a oportunidade de partilhar o mesmo espaço”, disse o seu ex-colega.
Acrescentou que a TPA perde um dos seus precursores, que no activo nunca desistiu do seu trabalho.
De 63 anos de idade, reformado pela TPA, desde 2015, o malogrado fez parte de uma geração de jornalistas, que nos últimos 30 anos, ajudou a edificar a classe, fundamentalmente em matérias versadas ao desporto, com coberturas dentro e fora do país.
Formado no Instituto INEF, foi também, durante longos anos, professor de educação física. Membro fundador da Associação de Imprensa Desportiva de Angola (AIDA), Manecas Madeira exerceu ainda cargos no dirigismo desportivo.
O ex-jornalista desportivo foi fundador da Academia Olímpica de Angola, além de formador do Comité Olímpico Angolano (COA).
Iniciou a carreira futebolística nos escalões de formação do Clube Atlético de Luanda (CAL), actual Petro, na década de 1970, onde recentemente chegou a ser vogal de direcção.
Além da família, estiveram presentes colegas de profissão e antigos praticantes do desporto. Entre os dirigentes, destaque para o presidente do COA, Gustavo da Conceição, bem como o líder do Petro de Luanda, Tomás Faria.