Luanda - A recuperação da hegemonia continental por parte dos clubes e das distintas selecções nacionais, tal como a qualidade do jogo na competição interna, passa pelo diálogo permanente, franco e aberto, por vários agentes do basquetebol, posição manifestada, este sábado, em Luanda, por antigos praticantes.
Durante um encontro que juntou distintas gerações de ex-basquetebolistas, que abordaram o “estado actual da modalidade, numa conversa descontraída”, os distintos intervenientes foram unânimes em apontar a necessidade da união dos amantes, para a contribuição ao desenvolvimento desta disciplina desportiva.
Para o antigo poste Justino Victoriano”Puna”, a iniciativa do encontro é carregado de algum simbolismo, porque dele podem resultar coisas e projectos para o basquetebol, que já foi o expoente do país, mesmo em tempos de muitas dificuldades.
“É importante sentarmos e conversar sobre a modalidade, que aos poucos tem visto muita gente a se afastar, o que não é bom”, disse. O segundo dos irmãos Victorianos, garantiu a sua disponibilidade aos encontros do género, para que as gerações no activo possam perceber o tipo de trabalho que era desenvolvido nos clubes, e que hoje é quase uma nulidade, a seu ver.
Acrescentou que, todos são poucos para juntos discutirem a real situação do basquetebol e o valor que um dia granjeou no mundo.
Por sua vez, Nelson Sardinha, antigo poste da Selecção Nacional, admitiu que o “estado crítico” que se encontra a modalidade, é também por culpa dos ex-praticantes, que ainda não estão organizados numa classe, que os acompanhe e saia em defesa de muitas preocupações.
Explicou ver com muita mágoa a saída de muita gente da modalidade, para se juntarem a outras áreas da vida social, o que na sua óptica, o basquetebol se torna ainda mais pobre.
De igual modo, o ex-base do Petro de Luanda, Milton Barros, considerou que alguns aspectos ligados a modalidade ficaram no papel, sem que a prática fosse uma realidade, onde, em alguns casos, os antigos jogadores, técnicos e dirigentes fossem chamados para dar o seu parecer.
“Precisamos todos pensar basquetebol, independentemente de quem estiver à liderar a Federação, na medida em que o trabalho feito na base deve ser bem monitorado”, referiu.
Angola, soma 11 conquistas africanas, pela selecção nacional sénior masculino, sendo a última em 2013. Os hendecampeões falharam as quatro últimas edições dos Jogos Olímpicos.
Na classe feminina, apenas dois títulos africanos, no seu palmarés, em 2011 (Bamako), e 2013 (Maputo). A nível de clubes, em masculinos, o 1º de Agosto detém o domínio, com sete conquistas contra cinco do Interclube, na classe feminina. WR/VAB