Huambo – O desenvolvimento e a afirmação dos desportos motorizados no país e no mundo, durante os últimos sete anos, foi esta segunda-feira destacado, no Huambo, pelo presidente da federação da modalidade, Ramiro Barreira.
Em declarações à ANGOP, o dirigente desportivo disse ter alcançado resultados satisfatórios que permitiram o desenvolvimento dos desportos motorizados que elevaram o nome de Angola ao mais alto nível da modalidade, tanto no continente, como no mundo, em geral.
Referiu que, entre 2016 e 2023, a direcção da FADN conseguiu dinamizar os desportos motorizados, com a realização regular de provas de karting e rali, motociclismo, automobilismo e draga.
Ramiro Barreira disse que a nível continente o país alcançou, nos últimos sete anos, um bom legado, visto que está bem posicionado.
A nível mundial, adiantou que foi possível manter a continuidade da FADM como filial da Federação Internacional de Automóvel (FIA) e da Federação Internacional de Motociclismo (FIM).
Nesta senda, o presidente da FADM destacou, igualmente, o lançamento de vários pilotos em provas mundiais, com destaque para Lorenzo, que participa no Campeonato do Mundo de Karting, e Rui Andrade, que está a competir no Campeonato do Mundo de MP2.
Disse que o alcance dos objectivos resultou dos apoios que a FADM sempre mereceu, por parte do sector privado e dos Governos províncias.
“Poderíamos fazer muito mais, porém o momento que o país está a atravessar, do ponto de vista económico, não é dos melhores, aliado às implicações negativas da Covid-19 que criaram muitas dificuldades na efectivação dos projectos traçados”, sublinhou.
Mau estado do autódromo de Luanda
Na ocasião, Ramiro Barreira disse que a não recuperação do autódromo de Luanda, o único do país, foi um dos aspectos não conseguidos, até ao momento, porém espera que seja concluído até ao final do presente ciclo olímpico, que termina em 2024.
Referiu que o circuito misto, inaugurado em Maio de 1972, com um traçado oval de 3.208 metros, sendo o mais curto, e o maior com 6.280 metros, apresenta cerca de cinco quilómetros de tapete asfáltico danificados e clamam por reparação, para que seja utilizado sem grande constrangimento.
Fez saber que em termos de custo, as obras estão avaliadas, aproximadamente, em mais de um milhão de dólares norte-americanos.
Por outra, Ramiro Barreira, com menos de um ano para o fim do seu segundo mandato, descartou a possibilidade de se recandidatar para o cadeirão máximo do órgão reitor dos desportos motorizados no país, não obstante ter essa prerrogativa, de acordo com os Estatutos da agremiação desportiva.
Eleito presidente da FADM, pela primeira vez, em 2016, e reeleito em 2020 para um mandato, que termina em 2024, o mesmo tem o direito, de acordo com os estatutos, de poder se candidatar mais duas vezes.
Nos termos dos números 1 e 2 do artigo 49º do instrumento normativo, o mandato dos titulares dos órgãos da FADM têm a duração de quatro anos, podendo ser reeleitos para outros três seguidos.
No entanto, Ramiro Barreira descartou a possibilidade de voltar a concorrer, pondo fim a sua trajectória à frente dos destinos da FADM, oito anos depois.
“Já não vou me candidatar e estou um bocadinho cansado, vou dar o legado aos mais jovens, porque o país precisa, de facto, do desporto a rejuvenescer com novas ideias, novos focos e novos desafios”, rematou. VKY/ALH