Luanda – A selecção nacional de atletismo adaptado inicia segunda-feira um estágio de um mês em Malanje, visando a última etapa de preparação para a XVI edição dos Jogos Paralímpicos, de 24 de Agosto a 5 de Setembro, em Tóquio (Japão).
Para o efeito, o conjunto em ambos os sexos seguiu neste domingo para aquela província angolana, onde vai concentrar-se em sistema de bolha no Instituto Médio Agrário (IMAM), na comuna do Quéssua.
O combinado nacional é composto pelos atletas Manuel Jaime (classe T46- deficiente de um dos membros superiores), Esperança Gicaso (T11 - deficiente visual total), Juliana Moko (T11) e Regina Dumbo (T11).
Completam o grupo os atletas guias Abel Espírito Santo, Adão Soares, José Hingombe, Márcio Neto e Luís Manuel, assim como o seleccionador José Manuel, o adjunto Domingo Sapalo e a fisioterapeuta Constância Tomás.
A velocista Emelóide Adelino (T11), que recupera de problemas de saúde, em Luanda, foi dispensada, enquanto José Chamoleia (T11) foi afastado dos trabalhos por questões de disciplina.
Em declarações à ANGOP, o secretário-geral do Comité Paralímpic Angolano, António da Luz, afirmou que ao longo do estágio os velocistas vão competir, nos dias 16 e 17 de Julho, no Campeonato Nacional, viajando duas semanas depois para Tóquio.
A selecção trabalha desde o princípio de Janeiro na pista sintética do Estádio dos Coqueiros, destacando-se acções para o melhoramento da resistência, força e velocidade.
Os Jogos Paralímpicos estavam agendados para Agosto e Setembro de 2020, mas foram adiados pelo Comité Paralímpico Internacional para 2021 devido à Covid-19.
Angola estreou-se na competição em 1996, na cidade de Atlanta (EUA), e desde então tem participado consecutivamente com a modalidade de atletismo.
O velocista José Sayovo é a maior referência nacional no evento com subidas ao pódio, com destaque para a edição de Atenas2004, onde conquistou três medalhas de ouro nos 100, 200 e 400 metros e bateu os respectivos recordes.