Luanda – Os países da África Austral poderão estar ausentes da 65ª edição da corrida de fim-de-ano “São Silvestre´2021“, em Luanda, devido a nova variante do vírus SARS-COV-2, denominada Ómicron.
A informação foi prestada esta segunda-feira à ANGOP pelo presidente da Federação Angolana de Atletismo, Bernardo João, acrescentando que a decisão resulta da suspensão por parte do Executivo das ligações aéreas com alguns países da região.
Para impedir a entrada de nova variante do novo coronavírus no país serão cortadas as ligações aéreas, a partir de dia 1 de Dezembro, com a Namíbia, Botswana, Zimbabwe, e-swatini, Lesotho, Tanzânia, África do Sul e Moçambique.
O facto, segundo o responsável, representa grande baixa competitiva, mas é preciso estar em sintonia com as decisões do Governo, ainda mais quando se trata de preservar o bem vida.
A participação da Namíbia, África do Sul e também da RDC poderão estar afectadas em função das medidas, de acordo com a fonte.
Fora essas baixas, Bernardo João referiu estarem confirmadas as participações da Etiópia, Quénia, Gâmbia e Portugal com dois atletas cada, em ambos os sexos.
Quanto ao orçamento do evento, inicialmente estimado em Akz 81milhões, com 70 por cento do valor já disponível, adiantou que actualmente seriam necessários mais 100 milhões.
Sobre as inscrições na sede da Federação, iniciadas em Outubro, garantiu terem atingido já 1500 concorrentes.
A prova de 10 quilómetros parte no Largo da Mutamba e passa por várias avenidas, com realce para Amílcar Cabral, Revolução de Outubro, Ho-Chi Min, Alameda Manuel Van-Dúnem, Rua da Missão e termina no Estádio dos Coqueiros.
Em 2020 não se realizou a São Silvestre devido à Covid-19.
No dia 3 de Dezembro, o órgão reitor do atletismo realiza uma conferência de imprensa, no edifício Kilamba, para esclarecer situações organizativas.
O primeiro caso da variante Ómicron do SARS-COV-2 foi detectado na África do Sul e a OMS classificou como sendo "de preocupação", parecendo apresentar "maior risco de reinfeção".
O Centro Europeu de controlo de doenças diz que a Ómicron pode reduzir significativamente a eficácia das vacinas.