Luanda - A organização da corrida pedestre São Silvestre de Luanda reconheceu a necessidade de aumentar os valores dos prémios, para que possam ser mais atractivos nas próximas edições da prova, que se disputa no dia 31 de Dezembro de cada ano.
O facto foi avançado pelo presidente da Federação Angolana de Atletismo (FAA), Bernardo João, que em jeito de balanço da 68ª edição, afirmou que estão preocupados com franco valor dos prémios, equivalente em três mil dólares americanos cada, para os vencedores em masculino e feminino, em 10 km.
Acrescentou que, o aumento dos prémios não passa só pela federação, que organiza, mas sim por outros envolvidos, como patrocinadores e demais entidades.
“Angola, na sua prova paga três mil dólares para os primeiros classificado, dois mil para os segundos e mil para os terceiros, das duas classes. Realmente é um valor que não atrai participantes internacionais, por causas dos outros encargos e gastos dos atletas”, disse.
O dirigente explicou que o Brasil tem prémio acima dos 10 mil dólares, Portugal 60 mil euros, mas admitindo serem organizações e realidades diferentes. Adiantou que Angola precisa de trabalhar mais na organização e conquistar mais patrocinadores para se melhorar a qualidade, em todos os aspectos.
No que toca aos aspectos da prova, que teve como vencedor o atleta do Djibuti, Hani Idris Hersi (29:36), em masculino, e a queniana Jepkoech Valentin (34:17), referiu que apesar da pressão, aconteceu no seu pleno, ou seja na sua normalidade.
Argumentou, que quando se referiu a pressão, tem muito a ver com o processo eleitoral na FAA, que atrasou a criação de algumas condições para a prova, muitas feitas à última da hora, mas ainda assim foi positivo, em termos de balanço.
Destacou o grande empenho dos atletas nacionais, o esforço da melhor atleta angolana, no caso Adelaide Machado, que conseguiu o segundo lugar na corrida feminina, com o tempo de 37:10.
O responsável salientou que os estrangeiros continuam a se queixar do clima quente, em Luanda (26°), motivo pelo qual o tiro de partida foi dado apenas às 18 horas. Mas, ainda assim, o clima era quase o mesmo.
Para aproxima edição, prometeu que vão voltar estudar o clima, podendo alterar, mas que nada indica que pode-se alterar o período do tiro de largada, para proteger a integridade dos atletas convidados.
Bernardo João frisou que tanto a Polícia, Emergências Médicas e outros órgãos, que fizeram parte da prova, realizaram um trabalho de “excelência”, que contribui para o êxito esperado. BSV/VAB
