Luanda – A Nigéria defronta a Côte d'Ivoire, às 21 horas deste domingo, no Estádio Olímpico de Ebimpé, em Abidjan, e pode conquistar o Campeonato Africano (CAN) pela quarta vez no seu histórico.
As “Super Águias” da Nigéria, campeãs por três vezes, designadamente, em 1980, 1994 e 2013, partem para o encontro com o conforto moral do triunfo sobre esta mesma adversária de 1-0, na fase de grupos (A).
Liderados pelo técnico português José Peseiro, classificaram-se para a final vencendo a África do Sul nas grandes penalidades (4-2), ao fim de 120 minutos, em jogo realizado no Estádio da Paz, na cidade de Bouaké.
A Nigéria, como tem sido hábito nas últimas décadas, chegou a este CAN como uma das favoritas ao título com grandes nomes do futebol mundial, como Victor Osimhen, eleito melhor jogador da Serie A italiana e melhor atleta africano em 2023 pela CAF.
Conta ainda no seu plantel com Ademola Lookman, que vem de duas temporadas fantásticas pela Atalanta de Itália, além de outros jogadores que evoluem em clubes ingleses, como Kevin Bassey, Ola Aina e Frank Onyeka.
Já Victor Boniface, uma das maiores esperanças para o ataque nigeriano, lesionou-se antes da competição.
A falta de Boniface foi muito visível na fase de grupos. A equipa treinada marcou apenas um golo em cada um dos jogos, sendo que um deles foi um autogolo e outro de penálti.
Em final inédita entre essas duas equipas da África Ocidental, em prova do género, os anfitriões (Côte d`Ivoire) procuram o terceiro título africano, depois das conquistas de 1992 e 2015.
Finalista improvável, que esteve à beira da desqualificação na fase inicial (foi salvo como melhor terceiro por conta de resultados combinados), eliminou nas meias-finais a RDC com triunfo de 1-0, no “Olympic Alassane Ouattara”, em Abidjan, com golo do avançado Haller, aos 65`.
Os anfitriões chegaram ao CAN com altas expectativas. Entretanto, após uma fase de grupos em que somou apenas três pontos, incluindo uma goleada por 4-0 com a Guiné Equatorial.
Com isto, havia pouca esperança de qualificação, que só foi possível graças os grupos B e F terem terminado com selecções com dois pontos na terceira posição.
Desde então, com um treinador interino, Emerse Faé, em substituição do francês Jean-Louis Gasset, a selecção da antiga lenda Didier Drogba tem-se saído muito bem. Nos oitavos-de-final derrotou o Senegal, campeão da última edição, e o Mali, nos quartos-de-final.
Contudo, contra o Mali, acumulou quatro suspensões - de Oumar Diakité, Odilon Kossounou, Serge Aurier e Christian Kouame, sendo que Kossounou tem sido um dos grandes do Bayer Leverkusen esta temporada e Aurier é o capitão da selecção.
A boa nova é que os jogadores suspensos já estarão de volta, e Victor Osimhen, que era dúvida para a meia-final, também deve jogar.
No total, as duas selecções enfrentaram-se oito vezes desde 2016, com quatro vitórias para cada lado.
Angola estará representada na final do CAN`2023
O árbitro internacional angolano Jerson Emiliano dos Santos integra o trio de juízes nomeados pela CAF para o jogo da final do 34º Campeonato Africano de futebol.
O profissional, de 40 anos, volta assim a merecer a confiança do órgão reitor do futebol continental para o confronto das 21 horas entre a Nigéria e Côte d`Ivoire, depois de ao longo da prova, iniciada no dia 13 de Fevereiro, ter sido nomeado diversas vezes.
Jerson Emiliano, natural da província da Huíla, fará dupla de assistentes com a zambiana Diana Chikotesha, num trio chefiado pelo mauritaniano Dahane Beida.
Considerado atualmente o árbitro angolano com mais internacionalizações , Jerson Emiliano ajuizará pela segunda vez na carreira a final de um CAN, das seis edições que participou. MC