Luanda- Os estádios erguidos no quadro do Campeonato Africano das Nações (CAN`2010) e os pavilhões multiusos que albergaram o Campeonato do Mundo de hóquei em patins, em 2013, foram colocados a concurso público.
Trata-se do 11 de Novembro (Luanda), Ombaka (Benguela), Chiazi (Cabinda), Tundavala (Huíla) e os pavilhões multiusos Arena do Kilamba (Luanda), Palanca Negra (Malanje) e Welwitschia (Namibe).
Em recente entrevista à ANGOP, em Luanda, o director nacional para as infra-estruturas do Ministério da Juventude e Desportos (MINJUD), Moisés Cabenda, afirmou que o objectivo é que tais instalações sirvam o desporto com foco na auto-sustentação.
Disse que o concurso público, cuja fase de candidatura terminou essa quarta-feira (27) e prorrogado para mais 15 dias, significa uma mudança de paradigma em Angola no que a gestão de imóveis desportivos diz respeito.
O que irá ocorrer, de acordo com o interlocutor, é que os espaços serão geridos e explorados por entes privados, com vista a redução da dependência excessiva do Orçamento Geral do Estado.
Referiu ser ideia do MINJUD encontrar uma gestão que seja efectivamente profissionalizada e que responda o interesse público.
Explicou que o concurso público decorre na modalidade de concessão de gestão e exploração, referindo que os potenciais candidatos têm acesso aos cadernos de encargos e demais elementos através da conta única do Tesouro.
Moisés Cabenda acrescentou que o processo de candidatura obedece os parâmetros dos limites temporais impostos pela lei dos contratos públicos e que serão seleccionadas as empresas nacionais ou estrangeiras que apresentarem as melhores propostas.
O estádio da Cidadela e os pavilhões que albergaram o Afrobasket 2007, do Tafe (Cabinda), Serra Van-Dúnem (Huambo), Nossa Senhora do Monte (Huíla) e Acácias Rubras (Benguela) estão isentas, prevendo-se no futuro um tratamento diferente, no entanto, não especificado.
Este procedimento do MINJUD ocorre após sucessivos pronunciamentos por parte do Presidente da República, João Lourenço, sugerindo melhor manutenção e gestão dos vários imóveis construídos em 47 anos de independência nacional, com destaque para os mais recentes.
