Luanda – Estudo dos “dossiers”, diálogo aberto com os principais colaboradores e muito trabalho é tudo quanto se propõe fazer a ministra da Juventude e Desportos, Palmira Barbosa, nestes primeiros dias de mandato.
No seu pronunciamento à imprensa, após passagem de pasta, esta terça-feira, na sede ministerial, em Luanda, a antiga andebolista afirmou que precisa ainda conhecer a real situação do pelouro e aprender para depois definir estratégias.
“Não é fácil para mim. É uma actividade completamente diferente e preciso de ajuda. A minha gestão será sobre se não sei pergunto”, frisou a ex-capitã da Selecção Nacional, que deseja não defraudar a confiança em si depositada.
Tendo consciência do árduo trabalho que a espera, disse que suas acções serão na base da continuidade do que já vem sendo feito pelo anterior elenco, de quem espera total apoio.
Na ocasião, a anterior titular, Ana Paula do Sacramento Neto, actual líder do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, disse que deixa a instituição com alguns pendentes, mas organizada.
Sobre os pendentes desportivos, apontou a requalificação do Estádio 11 de Novembro e o concurso público para atribuição de gestão privada dos recintos construídos por ocasião do Campeonato Africano de Futebol (CAN`2010).
Eleita em 1998 melhor jogadora de todos os tempos pela Confederação Africana de Andebol, Palmira Leitão de Almeida Barbosa é a segunda mulher a ocupar o cargo, depois da sua antecessora (2017-2022), também ex-andebolista.
O primeiro órgão para dirigir os destinos das distintas modalidades no país foi o Conselho Superior de Educação Física e Desportos, criado ao abrigo da Lei nº 72/76 de 23 de Novembro.
Ao abrigo da lei nº 7/79, foi extinto o Conselho Superior de Educação Física e Desportos, surgindo, no mesmo ano, a Secretaria de Estado para Educação Física e Desportos. Esta instituição foi extinta por força da Lei Nº 3/89, dando lugar ao Ministério da Juventude e Desportos.
De lá até cá já passaram pelo órgão de tutela sete ministros, nomeadamente, Marcolino José Carlos Moco (1989-1991), Osvaldo Serra Van-Dunem (1991-1992), Justino Fernandes (1992-1995) e Sardinha de Castro (1995-1999).
Completam o quadro de honra, José Marcos Barrica (1999-2008), Gonçalves Manuel Muandumba (2008-2016) e Ana Paula do Sacramento Neto (2017-2022).
Palmira Barbosa, que já foi deputada à Assembleia Nacional pela bancada do MPLA, foi nomeada ministra sexta-feira última pelo Presidente da República, João Lourenço, no quadro das eleições gerais de 24 de Agosto.