Luanda – A atleta angolana Ernestina Paulino lamentou, este domingo, na capital do país, a falta de apoios na sua preparação para a 67ª edição da São Silvestre de Luanda 2023, em que obteve o terceiro lugar, com o tempo de 35:38.
Em declarações à imprensa, no final da prova de 10 quilómetros, dominada pelos namibianos Daniel Paulus (29: 32) e Helalia Johannes (34:08), em ambos os sexos, a corredora afirmou que a sua intenção era repetir à vitória de 2022, mas que não teve o suporte necessário para o treinamento realizado e desejado.
Acrescentou que, os atletas nacionais não conseguem ombrear com os estrangeiros, por falta da qualidade na preparação, caso contrário, Angola tem talentos e jovens com muita vontade, que se esbarra por falta de apoios, que não deixam a modalidade crescer.
Por sua vez, o também melhor angolano, António Teko (30:31), que apenas ocupou a quarta posição entre os masculinos, admitiu a falta de resistência como estando na base deste resultado inesperado, quando inicialmente comandou a competição, posteriormente ultrapassado pelos concorrentes estrangeiros.
O representante da equipa “Bicho-do-Mato”, explicou que no meio da sua preparação esteve acometido de paludismo, o que contribui para quebra de resistência durante o percurso, onde esteve muito perto de atingir os 28 minutos, tempo que todo o angolano procura, para conseguir fazer frente aos atletas estrangeiros.
Estiveram nesta São Silvestre, a Namíbia, Etiópia, Zimbabwe, Moçambique, Ilhas Maurícias, Somália, Gâmbia e Quénia, além dos mais de dois mil atletas angolanos.
Com partida no Largo da Mutamba, a prova passou pelas Avenidas Amílcar Cabral, Revolução de Outubro e Ho-Chi-Minh, Alamedas Manuel Van-Dúnem, Largo do Kinaxixi, ruas da Missão, Cirilo da Conceição, 4 de Fevereiro, Largo do Baleizão, Rua Francisco das Necessidades, terminou no Estádio dos Coqueiros. BSV/VAB