Luanda - Com objectivo de defender a medalha de ouro de 2024 e conquistar outras medalhas, 42 atletas estão na pré-selecção nacional de lutas associadas, para o Campeonato Africano, a disputar-se de 29 de Abril a 4 de Maio, em Casablanca, Marrocos.
Apresentados hoje (sábado), em Luanda, os atletas, em ambos os sexos, concentram-se num dos ginásios afecto a Federação Angolana de Lutas (FALUTAS), na zona do Kapolo II, Kilamba Kiaxi, onde até Fevereiro vão realizar os testes médicos e físicos.
Posteriormente, serão definidos os 20 lutadores que representarão o país na prova africana.
Os 42 convocados estão distribuídos nas categorias de cadetes, juniores e seniores, nove dos quais são do sexo feminino.
Na última participação no Africano do Egipto, em 2024, Angola conquistou nove (9) medalhas, das quais uma (1) de ouro, três (3) de prata e cinco (5) de bronze. O ouro, na categoria de juniores, foi conquistado por Manaceu Kumga, enquanto as pratas couberam a Roberto Nbaio, Macaia Katende e Joseth Mavungu.
As cinco medalhas de bronze foram conseguidas por Mofenda David, Francisco Kadima, Manaceu, Sofia Vemba, e os dois últimos, no caso Manaceu Kunga e Macaia Katende, fizeram dupla categoria (júnior e sénior).
Os atletas trabalham com o seleccionador e director técnico nacional, Tiago Ndonga. Os trabalho da pré-selecção acontecem três vezes por semana, às terças-feiras, às quintas-feiras e aos sábados. No mês de Março serão definidos os 20 atletas que vão para a prova de Marrocos.
Durante a cerimónia de apresentação, a medalhista de prata de 2024, Joseth Mavungu, afirmou que o seu objectivo na competição é de conquistar a medalha de ouro e apurar-se para o Campeonato do Mundo e, consequentemente, para os Jogos Olímpicos.
Admitiu ter falhado o ouro por falta de alguma experiência, mas, usando a máxima "é com os erros que se aprende" realçou que este ano está focada, já que para o grupo só o ouro interessa. Aconselhou aos mais novos da equipa a darem o seu melhor por Angola.
Por sua vez, o capitão Fernando Matondo, que em 2024 foi desqualificado por irregularidades, durante o combate, prometeu ser mais prudente e trazer a medalha de ouro.
Acrescentou que, o sonho é estar no Campeonato do Mundo e qualificar-se para os Jogos Olímpicos, considerando 2025 o seu ano de tentar a glória.
Já o seleccionador nacional, Tiago Ndonga, considerou que a equipa está motivada e no primeiro dia de concentração é notória a disponibilidade dos atletas e a vontade de serem campeões africanos.
Esclareceu que, os 42 convocados não satisfazem a necessidade da participação no Africano, que devia ser acima dos 60, pela exigência da competição em que cada país pode inscrever até 90.
Destacou que, quanto maior o número de atletas, mais possibilidades têm de conquistar medalhas, mas lembrou que Angola não tem condições financeiras para levar tantos atletas, por esse facto vai seleccionar os melhores, que terminarão nos 20 possiveís, previstos pela federação angolana. BSV/VAB
