Luanda – O presidente da Federação Angolana de Andebol (FAAND), José Amaral Júnior “Maninho”, afirmou hoje que o antigo guarda-redes da Selecção Nacional da modalidade, João Vigário, foi um ícone do andebol nacional, talentoso e inspirador.
Falando à imprensa, esta quinta-feira, no cemitério da Santa Ana, em Luanda, durante o funeral do antigo internacional, esclareceu que muitos outros jovens inspiravam-se na sua técnica, por isso, empobrece o andebol, pois ainda contava com ele para os aconselhar.
Na posição de guarda-redes, descreveu o antigo jogador do 1.º de Agosto e Escola Industrial de Luanda Oliveira Salazar, actual Instituto Médio Industrial de Luanda (IMIL), como sendo um dos melhores que já conheceu e bastante autodidacta.
“Tornei-me um ponta-de-lança veloz graças a ele, manda-me correr e punha a bola no sítio certo, por isso falar de João Vigário é muito triste e ainda teremos de gerir esta dor, bem como apoiar a família enlutada”, argumentou.
Por seu turno, o antigo colega e contemporâneo, Cuco Velasco, descreveu a figura do antigo guarda-redes como excelente profissional na sua posição, mas agora têm de cumprir o que lhes cabe, isto é, apoiar a família e dar continuidade à vida.
Na presença de familiares, amigos, antigos colegas e outras personalidades, no elogio fúnebre do ex-integrante da Selecção Nacional foram destacados todos os seus feitos.
Antes da deposição da urna, fez-se uma descrição do impacto do jogador na vida social, sobretudo, como contribuiu para o desenvolvimento do desporto nacional, particularmente na modalidade de andebol.
João Vigário de Almeida faleceu no dia 27 de Dezembro de 2024, em Houston, nos EUA, vítima de doença, aos 63 anos de idade.
Figura de destaque do andebol, partilhou a quadra com os ex-praticantes como Mário de Oliveira (actual ministro do MINTTICS), Pedro Godinho, Jecko, Hermenegildo Jasse, Pirula, Óscar do Nascimento, Braúlio de Brito, Ilidio Cândido e outros.
Iniciou a carreira no Clube Neves Bendinha, mas foi no 1.º de Agosto notabilizou-se, onde conquistou cinco Campeonatos Nacionais e quatro Taças de Angola, em seis temporadas.
Encerrou a carreira aos 24 anos de idade, depois de disputar a Taça de África das Nações, decorrido no Pavilhão da Cidadela, na capital angolana.
Desempenhou a função de treinador de guarda-redes do Atlético Sport Aviação (ASA), bem como integrou a comissão técnica nacional feminina, grupo liderado por Beto Ferreira. Foi militar ao serviço das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), mecânico e piloto de helicóptero. IN/WR