Luanda - O antigo basquetebolista, Jean Jacques da Conceição, defendeu uma mescla de juventude e veterania na Selecção Nacional para o Campeonato do Mundo, a disputar-se de 28 de Agosto a 10 de Setembro nas Filipinas, Japão e Indonésia.
O único angolano seleccionado para o “FIBA Hall da Fama” desde 2013 sugere tal equilírio na escolha dos representantes nacionais ao evento de modo que Angola tenha capacidade para uma representação digna.
"O mais importante é termos uma selecção com qualidade e que possa representar Angola com dignidade”, reiterou o antigo capitão da Selecçao Nacional com passagem pelo 1.º de Agosto (1982-88) e Benfica de Lisboa (1988-96).
Em declarações à ANGOP perspectivando a participação no mundial da Ásia, o ex-poste acrescentou que o objectivo deve passar por superar a 27ª posição obtida em 2019,na China e protagonizar boas exibições para elevar bem alto as cores nacionais.
O antigo vice-presidente da federação referiu que Angola estaria em melhores condições de uma representação dignificante juntando jovens atletas e experientes para evitar que ocorram no mundial erros vistos na última janela de qualificação, disputada em Fevereiro, no pavilhão do Kilamba, em Luanda.
Disse que, apesar do apuramento com vitórias sobre o Uganda (82-49), Cabo Vende (80-67) e Nigéria (65-59), foi notória a ausência de jogadores mais categorizados e que a equipa técnica nacional, liderada pelo espanhol Josep Clarós, terá de trabalhar erros defensivos e ofensivos.
Jean Jacques negou-se em detalhar as principais dificuldades registadas, que medidas para inverter a situação e nem mesmo que activos se devem juntar ao grupo de jovens , remetendo tal responsabilidade aos membros do órgão reitor da modalidade no país.
Clarós justifica ausencias e abre portas para novas integrações
Em conferência de imprensa, após a última convocatória, o espanhol reagiu aos questionamentos em relação às ausências de renomados e assumiu a responsabilidade da renovação, por ser um processo natural.
Com jogadores de 24 anos como média de idade e 1,93 metros de altura, o treinador disse ter chegado o memento de Angola evitar que seja a selecção mais velha no mundial, como ocorreu na edição passada.
Quanto às ausências do extremo Carlos Morais e dos postes Yanick Moreira, Bruno Fernando e Sílvio de Sousa, o técnico tratou de clarificar de forma individual.
Referiu que na primeira convocatória Morais foi chamado, mas não compareceu e a alegação foi de que estava lesionado.
Na segunda janela, justificou que tinha de ir a Navarra fazer um tratamento, tendo reconhecido tratar-se de um jogador de grande nível, como foi Mingas, Cipriano e muitos outros.
Sobre o poste Yanick Moreira, esclareceu ter sido preterido por comportamento contrário ao regulamento do combinado nacional, onde ninguem pode reclamar tratamento diferenciado.
"Eu quero pessoas comprometidas, que não bebam, não fumem xixa e não vão às festas. É simples e isso acontece em todas as selecções do mundo, mas o caso do Yanick foi por outras situações", disse na altura.
Já Bruno Fernando, jogador que representava os Houston Rockets, agora transferido para o Atlanta Hawks, ambas equipas da Liga Profissional norte-americana de basquetebol, NBA, não respondeu a convocatória por compromisso no clube.
No entanto, o poste de 2,06 metros marcou presença na quarta janela, disputada na cidade de Abidjan, Côte d´Ivoire.
O outro atleta considerado preponderante no cinco nacional, Sílvio de Sousa, que representa o Chorale Roanne Basket, da primeira divisão do campeonato francês, declinou a convocatória alegando lesão.
Consta que, no mesmo período, evoluiu pela sua formação, deixando a suspeição de que a alegada lesão não possou de desculpa para não representar a selecção nacional.JAD/MC
