Desportivo descarta jogos fora da Huíla

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  • Huíla     Sexta, 09 Abril De 2021    15h18  
Estádio do Ferrovia da Huíla
Estádio do Ferrovia da Huíla
Cedida

Lubango - O Desportivo da Huíla está a reformar a relva do estádio do Ferrovia no cumprimento das orientações da Federação Angolana de Futebol (FAF) e afastar a possibilidade de jogar em outra província, na condição de anfitrião, durante a segunda volta do Girabola2020-21.

A informação foi prestada nesta sexta-feira à ANGOP pelo director administrativo do clube huilano, Ezequias Domingos, garantindo que “não há risco” de a equipa fazer a segunda volta do campeonato nacional de futebol da primeira divisão fora do Lubango na condição de dono de casa.

“A federação fez algumas recomendações para melhorar o relvado, mas são questões mínimas e desde já asseguramos que não colocam em risco a realização de jogos”, sustentou.

Fez saber que o clube mantém regular contacto com a FAF, pelo que terá havido “má interpretação” das palavras do treinador Mário Soares, numa recente entrevista à Rádio 5, sobre um eventual risco de interdição do estádio do Ferrovia.

A respeito da utilização do recinto da Tundavala, como alternativa, o director do gabinte da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, Osvaldo Lunda, afirmou à ANGOP que recebeu um pedido do Desportivo da Huíla, mas ainda não estão criadas todas as condições para a realização de jogos naquele palco.

Conforme o gestor, houve um encontro entre o Desportivo, Sindicato de Jornalistas Angolanos e Associação Provincial de Futebol visando perceber as reais incidências do comunicado da FAF.

“Em situação normal, antes do comunicado, após a visita da FAF devia ser elaborado um relatório sobre as indicações das possíveis falhas no estádio do Ferrovia”, explicou.

Relativamente ao estádio da Tundavala, Osvaldo Lunda disse que se fez uma visita com as partes interessadas e chegou-se a conclusão que, apesar da relva estar completamente recuperada, há outros elementos que devem ser acautelados, como os lavabos vandalizados, cabine de imprensa degradada, camarotes e placares electrónicos.

“Se tivermos em conta essas nuances, no nosso ponto de vista o estádio ainda não está pronto para ser utilizado”, esclareceu.

Explicou que os problemas naquela infra-estrutura não constam do pacote de recuperação da relva assumida pelo Ministério da Juventude e Desportos em 2019, pelo que há necessidade de mobilizar outros recursos para este fim.

Adiantou que a situação do estádio do Ferroviário já está sobre a mesa do governador da Huíla, Nuno Mahapi Dala, que orientou trabalhos com a APF e com o Desportivo da Huíla no sentido de encontrar uma solução.

O investimento do ministério, para além da relva, permitiu reactivar o sistema de rega.

Trata-se da segunda recuperação da relva, a primeira foi em 2013.

O Estádio do Ferrovia beneficiou de obras que custaram USD quatro milhões ao Estado em 2009, pois serviu de campo de treino para as selecções do grupo D do Campeonato Africano das Nações no ano seguinte.

 

 





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