Lubango – O presidente da FIBA-África, Aníbal Manave, afirmou, no Lubango, que “vai dar o aval”, para a província da Huíla albergar uma das séries do Afrobasket´2025, dadas condições constatadas no capítulo de infra-estruturas desportivas e hoteleiras.
Falando aos jornalistas no final da visita que fez às infra-estruturas, na segunda-feira, o dirigente manifestou que, do ponto de vista logístico, existem condições, pois os hotéis “são bons e é uma cidade acolhedora”, por isso vai tem a sua fiança.
Contudo, instou o Governo a recuperar as condições desportivas locais, uma vez que o pavilhão principal de Nossa Senhora do Monte e os dois adjacentes carecem de trabalhos "profundos" de manutenção.
Aníbal Manave referiu ter saído com “boa impressão” da Huíla, pelo facto das instalações estarem intactas, p que não será preciso construir algo novo, mas reabilitá-las, por ser um dos objectivos da competição, renovar as estruturas.
Considerou ser uma reabilitação “necessária”, pois não há condições para acolher os jogos, “se forem hoje”, mas há a possibilidade de começar-se a mobilizar já os recursos necessários para as obras.
Pela localização do pavilhão, disse o dirigente de nacionalidade moçambicana, pode ter uma melhor rentabilização depois de recuperado, criando-se políticas para o mesmo sustentar-se, evitando que atinja um nível de degradação elevado.
Lembrou que a nível de infra-estruturas, a principal responsabilidade é dos governos, para apoiar a promoção e o desenvolvimento da modalidade e a FIBA-África terá outros níveis de comparticipação.
Por sua vez, o presidente da Federação Angolana de Basquetebol (FAB), Moniz Silva, salientou que a Huíla tem infra-estruturas hoteleiras em condições, mas enfrenta o desafio de recuperar as desportivas, uma acção que não é de sua responsabilidade, mas do Governo Provincial e Central.
“Estamos a ver se conseguimos que essa prova não fique só em Luanda, mas no maior número de províncias possíveis, para que a juventude tenha entretenimento e um desporto que ajude a cuidar da saúde. Com a parte hoteleira estamos agradados e vamos esperar a desportiva”, frisou.
Na mesma senda, o governador da Huíla, Nuno Mahapi, garantiu envidar esforços para ainda durante o ano em curso serem criadas as condições de reabilitação exigidas, para que a Huíla possa albergar uma das séries do Afrobasket-2025.
Histórico da construção e degradação
As primeiras reclamações da degradação do pavilhão principal foram feitas em 2016, nove anos depois de ter acolhido uma das séries do Afrobasket 2007.
A estrutura carece de restauro do sistema de canalização, substituição da cobertura, onde há largas infiltrações de água quando chove, situação que está a degradar o piso.
Há, igualmente, fissuras que se abriram nas paredes, o sistema de combate a incêndio já não funciona e na mesma condição estão os dois placares electrónicos. Foram feitos alguns trabalhos paliativos há dois anos.
O pavilhão multiuso do Lubango foi erguido no complexo desportivo e cultural de Nossa Senhora do Monte, zona nobre da cidade e possui dois mil e dez lugares, incluindo 40 VIP's e 48 para a imprensa. Dispõe, também, de um refeitório e lojas.
A estrutura tem ainda uma sala VIP, posto médico, quatro saídas principais, duas de emergência, quatro entradas para atletas e igual número de balneários, WC, áreas administrativa e de serviços gerais.
A Huíla conta actualmente com três infra-estruturas desportivas construídas desde 2006, sendo o Estádio da Tundavala, erguido por ocasião do CAN2010, o Pavilhão da Senhora do Monte, resultado do Afrobasket2007 e o pavilhão nº3 do mesmo recinto, no âmbito do CAN de Andebol em 2008. EM/MS