Luanda - A criação de melhores condições gerais e a expansão da prática da modalidade por todas as províncias, permitirá Angola conquistar feitos inéditos a nível das competições mundiais, garantiu o presidente da Federação Angolana de Artes Marciais Mistas (FAMMA), Armando Diogo “Scott”.
Em reacção a participação da Selecção Nacional juvenil, em ambos os sexos, no Campeonato do Mundo de MMA, de 6 a 11 deste mês, em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, onde obteve cinco medalhas, o dirigente afirmou ser um orgulho para o país e o continente africano, necessários mais apoios aos atletas.
Numa nota, em que ANGOP teve acesso, o também designado mestre Scott, refere que não foram ao mundial para fazer turismo, passear, ficar a brincar e gastar os recursos do Estado, mas sim lutar pelas medalhas e dignificar o nome de Angola.
“Toda nossa acção é em benefício da nossa juventude e do nosso país. Fazemos isso por Angola e se não for por essa razão é inútil. A alegria destes miúdos é do povo angolano, eles sabem que o povo está a contar com eles”, disse.
Acrescenta, que Angola inteira acompanhou o campeonato e o que eles merecem é o reconhecimento da nação, quando regressarem ao país e conseguirem ter condições para trabalhar, se acomodar e em termos de saúde superar as dificuldades por que passam.
Explicou, pois muitos deles arriscaram escola para estar na competição, porque acreditaram que era possível levar o título em Angola e conseguiram um total de cinco medalhas, uma de ouro e quatro de bronze.
De igual modo, o documento da FAMMA, parabeniza os “bravos guerreiros” que superaram a prestação do mundial anterior. Destaca que, apesar dos esforços, os nossos atletas masculinos enfrentaram desafios técnicos e decisões difíceis por parte da Federação Internacional de Artes Marciais Mistas (IMMAF).
Refere que, o atleta Jerogesio Muachambi, mesmo vencendo duas lutas consecutivas, não conseguiu garantir a medalha de bronze, ficando na segunda posição do grupo. Menezes Tchimuisa, por sua vez, venceu apenas uma das suas lutas, não alcançando o pódio.
“É um orgulho para Angola e para o continente africano sermos os primeiros a conquistar cinco medalhas numa prova mundial nesta categoria. Agradecemos a todos os angolanos que apoiaram os nossos atletas, que honraram e representaram condignamente a Bandeira Nacional”, lê-se.
Termina com um agradecimento especial aos designados campeões: Mayra Lemos, Stelvia Muhanha, Albertina Ntyamba, Cláudio Fontoura, Milfa Nicolau, Jerogesio Muachambi, Menezes Tchimuisa, Gizela Luna, Paulo Alfredo, Estefanio Francisco, Lucas Mendes, Dário Sousa, Ericlene Francisco e a todos os atletas seleccionados, mas que, por questões administrativas, não conseguiram participar.
O quadro geral de medalhas do mundial é liderado pela Ucrânia (33), seguido pelo Tajiquistão (23) e Uzbequistão (14), enquanto que Angola ficou em 12º (5). A composição da selecção angolana:
Cláudio Fontoura (52kg), Stélvia Munhanha (44Kg), Jorogésio Muachambi (56kg), Luna Gisela (48Kg), Mayra Lemos (62kg), Paulo Mavinga (61kg), Paulo Alfredo (52kg), Ericlene Francisco (44kg) e Estafânio Francisco (52kg).
Completam o grupo: Dário de Sousa (48kg), Marcos Amaro (120kg), Lucas Mendes (48kg), Henriques Goma (44 kg), Menezes Eduardo (65 kg), Mifa Nicolau (83kg), Albertina Ntyamba (56kg) e Yessu Dijuca (52 kg).
Na última segunda-feira, após o regresso da delegação angolana, o Secretário de Estado do Desporto, Paulo Madeira, apontou o sinal de bravura e de comprometimento que caracterizou a prestação dos jovens atletas, que brilharam nos Mundiais de juvenis e cadetes de MMA.
A alta entidade honrou com a sua presença a chegada dos “briosos” lutadores que evoluíram nos mundiais de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
A jovem atleta Mayra Lemos, que se tornou a primeira atleta africana a conquistar uma medalha de ouro numa competição desse género, emocionada, não escondeu a sua grande satisfação pelo êxito. VAB