Luanda - A fraca qualidade dos jogos e a falta de cultura de pagamentos foram hoje (sábado), em Luanda, apresentados como factores de afastamento de patrocinadores no futebol angolano pelo economista, Daniel Sapateiro.
Abordando o tema “Angola e as Oportunidades de Negócios”, na 3ª edição da Conferência de Negócios Desportivos Angolanos (CONFENDA), referiu que, enquanto o espectáculo não tiver qualidade, não haverá desporto, ou futebol com a sustentabilidade pretendida.
“Hoje já se fala no possível surgimento da Liga, mas, é necessário termos todos a educação financeira para o surgimento das Sociedades Anónimas Desportivas. Falta a cultura de pagamentos e justificação de receitas, desta forma, alguma coisa pode mudar”, reiterou.
Apontou como primeira solução, o redimensionamento do desporto nacional, em particular o futebol, não apenas na constante injecção de capital, sem que haja verdadeiros patrocinadores e quotização regular.
Durante a sua comunicação, sugeriu que os accionistas ou investidores sejam bem escrutinados, para que o país não venha a ser alvo de sanções por organismos afins.
“É preciso sabermos de onde vem o dinheiro e as reais intenções deste accionista, como forma de se evitar o branqueamento de capitais”, alertou.
Por sua vez, no mesmo tema, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Angola, Vicente Soares, admitiu que tem sido gasto muito dinheiro, sem que haja o retorno pretendido, pela falta de alguma visão e profissionalismo.
A terceira edição da CONFENDA, que decorre, desde sexta-feira, no Memorial Agostinho Neto, em Luanda, junta além de académicos, gestores desportivos e de empresas, desportistas e dirigentes de clubes, federações e associações.
O evento, encerra domingo. WR/VAB