Lubango - A direcção do Clube Desportivo da Huíla (CDH) decidiu manter o técnico Paulo Torres no comando sua equipa principal, apesar dos maus resultados que acumula na segunda volta do Girabola.
Nos últimos cinco jogos, a equipa só somou derrotas, uma delas em casa, mas não vence há seis, mantendo-se com os mesmos 25 pontos alcançados na primeira volta do campeonato nacional.
A pressão dos adeptos e de outros aficionados forçou a direcção do Clube a chamar a imprensa, na terça-feira, para colocar um ponto e vírgula nas discussões sobre o assunto, tendo à testa o seu director-geral, Carlos Manuel, que apelou aos adeptos do clube a darem um voto de confiança ao treinador, admitindo que os resultados negativos estão a criar desconforto aos adeptos, que se têm manifestado, sobretudo nas redes sociais.
O responsável disse que os maiores interessados em alcançar bons resultados, para além dos adeptos, são a direcção do clube, a equipa técnica e os jogadores, pois uma vitória dignifica a imagem do Clube.
Referiu ser o primeiro ano que o treinador convive com o grupo e não se estipulou o objectivo de ganhar o campeonato, pelo que é precso dar a possibilidade do técnico conhecer mais e melhor os atletas.
Carlos Manuel salientou que o clube começou pequeno e hoje não vive um bom momento, mas ainda assim a direcção dá o benefício da dúvida ao técnico. “A nossa massa associativa e adeptos estão sedentos de bons resultados, porque o CDH já foi um clube em que os grandes vinham para aqui e quase que não passavam. Temos de voltar para essa mística, mas antes é preciso confiar nas capacidades do técnico, pelo menos para a próxima época”, lembrou.
Declarou não haver muito mais por escolher, pois a equipa está no décimo lugar e está praticamente definido o quadro dos despromovidos, pelo que não é o momento próprio para despedir.
O Desportivo da Huíla tem actualmente seis vitórias, sete empates e oito derrotas, tendo marcado 22 golos e sofreu 20. A última vez em que perdeu por cinco vezes consecutivas no Girabola foi há 20 anos e tinha no comando o lendário Daniel Ndunguidi, que acabou despedido. EM/MS
