Lobito - A atriz norte-americana Cynthia Rothrock é uma das presenças de destaque do 2° festival de artes marciais a realizar-se na província de Benguela, nos dias 4 e 5 de Outubro, soube a ANGOP, esta sexta-feira.
Cynthia Rothrock participou em mais de 60 filmes de artes marciais, tanto em Hollywood como em Hong Kong e actuou com Michele Yoele, Sammo Hung, Bolo Yeung, Billy Blank, Dom Wilson e vários outros actores.
Falando à ANGOP, o mestre Hélio Adreu, da Escola Crave Maga, do Lobito, disse que virá também o mestre Samuel Kwok, de origem chinesa, também com residência nos Estados Unidos e um outro mestre vindo da Africa do Sul.
Segundo o organizador, a vinda dos actores está confirmada e, para tal, foi já produzido um video promocional para dar consistência ao anúncio do festival.
A nível nacional, estarão presentes várias escolas de Luanda, Lobito e Benguela, com destaque para as presenças dos mestres Filomeno Fialho, Manuel Vasconcelos, Faustino Filipe e outros.
O também porta-voz do evento, informou que, além do festival, a ser realizado no pavilhão Acácias Rubras (Benguela), haverá também uma gala para homenagear antigos praticantes, a ter lugar numa das unidades hoteleiras do Lobito.
"Queremos ter um número de participantes mais elevado em relação aos cerca de 768 do primeiro festival, realizado em Luanda, em 2021.
Entre os participantes, estarão os organizadores, patrocinadores, mestres, atletas e espectadores.
Disse que "a máquina está afinada" para se avançar com o evento e ter o êxito esperado.
Sobre as modalidades, disse tratar-se do Karaté, Tae kwando, Judo, Jiu-jitsu original e brasileiro, Capoeira e outros.
Quanto aos apoios, agradeceu antecipadamente, em nome da organização, o Ministério da Juventude e Desportos que cedeu o pavilhão Acácias Rubras e garantiu o alojamento e alimentação para os convidados.
Na mesma senda, enalteceu o Governo Provincial de Benguela, que se comprometeceu em apoiar com carros protocolares para o transporte das visitas.
Questionado sobre o estado actual das artes marciais na província, Hélio Abreu mostrou-se céptico, afirmando que tem pouca notoriedade.
"A minha escola, Crave Maga, conta com 335 atletas, dos quais mais de 100 são crianças", afirmou.
Segundo o meste, em quatro anos de existência nunca teve uma visita institucional.
"Seria bom se o Gabinete Provincial da Juventude e Desportos prestasse alguma atenção a este segmento da sociedade que muito contribui para a educação das pessoas", apelou.
Na sua opinião, as artes marciais têm regras e disciplina que educa as pessoas.
"É dificil verificar um atleta de artes marciais mal comportado, ligado ao álcool ou às drogas e a fazer confusão nas ruas", alertou.
O mestre revelou que tem pessoal treinado qualificado e, entre as suas intenções, existem propostas para ensinar nas escolas e nos órgãos de Defesa e Segurança, nomeadamente o Exército e a Polícia Nacional, desde 2020, mas sem qualquer resposta até ao momento. TC/CRB
