Luanda - A melhoria de infra-estruturas, obtenção de equipamentos adaptados às necessidades especiais figuram entre as linhas do protocolo de cooperação assinado, quinta-feira, na China, entre o Comité Paralímpico Angolano (CPA) e o Comité Paralímpico chinês.
Segundo uma nota a que a ANGOP teve acesso, esta sexta-feira, em Luanda, o acordo foi assinado pelo presidente do CPA, Leonel da Rocha Pinto, e o presidente da Comissão Executiva da Federação de Deficientes da China, Zhou Changkui, à margem do 7.º fórum Popular, realizado em Changsha, província de Hunan.
A organização de torneios que demonstrem a excelência e reduzam o estigma associado à deficiência, fomentar a transformação social contribuindo para uma comunidade mais inclusiva, medicina desportiva e o aperfeiçoamento das competências dos líderes e técnicos, fazem igualmente parte dos acordos.
Ladeado do Secretário-geral, António da Luz, na sua intervenção, Leonel Pinto disse esperar tirar proveito da grande experiência da similar chinesa, sendo que o acordo marca um momento decisivo na história do desporto para pessoas com necessidades especiais em Angola.
O responsável indicou ser objectivo expandir os programas desportivos, aumentar a participação dos atletas em várias modalidades e melhorar o desempenho em todos os níveis.
“Também aspiramos contribuir para os objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, além da transformação pessoal e social através do desporto, ajudando, em última análise, para uma comunidade global mais inclusive”, frisou.
O também presidente da Confederação Africana de futebol para amputados fez uma incursão histórica sobre o desenvolvimento do desporto adaptado no país.
Explicou que o desporto Paralímpico em Angola começou em 1993, motivado pela necessidade de apoiar na recuperação mental e física dos jovens soldados afectados pela guerra civil.
Referiu que tudo começou como uma iniciativa modesta no Hospital Militar Central de Luanda, mas que hoje tornou-se num movimento de abrangência nacional.
Conforme o interlocutor, a ambição e alcançar 5.000 atletas até 2027, incluindo mulheres e crianças dos seis aos 14 anos de idade, através do programa de desenvolvimento denominado “Projecto Criança”.
Leonel Pinto lembrou os marcos significativos já alcançados, desde a criação das Associações nas 18 províncias, a conquista de medalhas e recordes em competições internacionais, incluindo em Jogos Paralímpicos, destacando que tais feitos foram possíveis graças o apoio do Governo de Angola.
Citou por exemplo, o facto de no próximo ano (2025) estar prevista a entrega do Centro Desportivo de Alto Rendimento “José Sayovo”, em construção na província do Bengo, pelo Estado Angolano, uma infra-estrutura a ser partilhada com os países africanos. MC