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Arbitragem reprova pagamento de filiados pelos clubes

     Desporto              
  • Luanda • Terça, 13 Setembro de 2022 | 11h41
Jorge Mário Fernandes, Presidente do Conselho Nacional de Arbitragem
Jorge Mário Fernandes, Presidente do Conselho Nacional de Arbitragem
Clemente dos Santos

Luanda - O presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Angolana de Futebol (FAF), Mário Jorge Fernandes, considerou esta terça-feira, em Luanda, retrocesso o retorno ao pagamento dos árbitros, por via dos clubes, durante o Campeonato Nacional “Girabola2022-23".

De acordo com a fonte, esta decisão do órgão reitor, anunciada recentemente aos associados, na última Assembleia-ordinária, realizada em Benguela, pode promover o aliciamento aos juízes e ferir a verdade desportiva.

Em declarações à ANGOP, a propósito do arranque do Campeonato Nacional, no dia 24 deste mês, afirmou que a melhor forma seria os clubes canalizarem os valores a uma instituição neutra que, por sua vez, se responsabilizaria pelos pagamentos aos juízes, medida que está a ser avaliada.

Mário Jorge Fernandes disse que a defesa da verdade desportiva é dos mais importantes objectivos do órgão que lidera, visando promover resultados cada vez mais imparciais, sendo que o retorno às práticas anteriores belisca esse propósito.

Cento e 50 mil kwanzas é o valor estimado para o pagamento dos árbitros, por cada jogo no Girabola.

Na última época, os prémios da arbitragem foram pagos através das empresas Sonangol, Ediama e Sodiama, consórcio que anunciou já o fim da colaboração, após orientação do Executivo para acudir as dificuldades dos clubes durante a pandemia da Covid-19.

Para esta época, a maior competição nacional de futebol conta 23 árbitros, entre os quais Ailton Micuta (Lunda Sul), Ernesto Magalhães (Cuanza Sul) e Luciano Sábala (Cabinda) recém promovidos à primeira categoria nacional.

Deste número destaca-se ainda seis de categoria internacional, designadamente, Tânia Duarte, António Dungula, Hélder Martins, João Goma, José Álvaro e Paulo Sérgio, além 17 da 1ª categoria nacional.

Foram despromovidos João Mavungo (Cabinda), Mbunga Nkazi (Cuanza Sul) e Rodrigues Aleixo (Huambo).

A nível de assistentes estão licenciados para o evento 48 profissionais, oito dos quais de categoria internacional e 40 de classe nacional.

Na classe dos comissários integram 37 fiscais, dos quais três meninas.

O Girabola 2022/23 será disputado por 16 equipas, sendo que a primeira jornada compreende o seguinte cartaz:

Dia 24

Sagrada Esperança-Wiliete de Benguela (estádio do Dundo,15h)

Académica do Lobito-Interclube (Burucos, 15h)

Sporting de Cabinda-Desportivo da Lunda Sul, (ainda sem campo e hora)

Dragão do Uíge-Recreativo do Libolo (ainda sem campo e hora).





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