Luanda - A recente conquista do Campeonato Africano de Ju-jitsu, disputado em Marrocos, é um feito indicador de que Angola pode recuperar a posição no Ranking Internacional, a ser actualizado no final do corrente mês.
A constatação é do presidente da Federação Angolana da modalidade, Luís John, em reacção à conquista do africano, decorrido na cidade marroquina de Marrakesh, com 13 medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze.
Em declarações à ANGOP, em Luanda, o responsável perspectivou uma subida entre o 14º ou 15º posto no escalão mundial, onde o país havia sido despromovido do 17º para o 19º, após falhar a presença no Campeonato do Mundo de 2023, em Abu Dabi.
Entre os oitos países que medalharam na competição de Marrakesh, Angola suplantou no pódio Marrocos (2º colocado com sete medalhas de ouro, 14 de prata e 11 de bronze) e a Argélia (3ª classificada com sete de ouro, três prata e sete de bronze).
Contribuíram para a proeza da Selecção Nacional 17 lutadores, com destaque para os do estilo fighting Rosângela Teixeira (-49 kgs), Ana Vilela (-62 kgs) e Luzimery Garcia (+70 kgs) e do estilo Ne-Waza Elaine Musungo (-69kgs) e Ruthi Baltazar (-52kgs).
Questionado sobre o facto de as cinco integrantes da selecção terem conquistado uma medalha de ouro cada, Luís John afirmou ter sido resultado do trabalho árduo dos clubes na preparação e manutenção do nível competitivo interno.
Explicou que a evolução da modalidade, particularmente no sector feminino se deve, também, à diplomacia do órgão federativo, sobretudo no apoio aos associados na dinamização das provas nacionais e torneios ao longo dos anos.
O facto de o seu elenco ter comprado tapetes de competição (tatames) para 16 associações, que no passado treinavam na palha, propiciou o surgimento de novos talentos que hoje têm despontado tanto dentro como fora do país, conforme a fonte da ANGOP.
Angola possui actualmente quatro mil atletas no geral, dos quais dois mil estão cadastrados pela federação, destacando-se 50 do sexo feminino que participaram no último Campeonato Nacional, disputado em Luanda.
Luís John disse que à luz do quadriénio 2020-24, o seu elenco conseguiu atingir todos os objectivos, destacando-se o resgate da imagem nacional em África, o aumento de provas no calendário anual, destacando-se o Torneio da Paz.
JAD/MC