Luanda - Desde a primeira participação, em Moscovo`1980, a canoagem protagonizou o melhor resultado de Angola, até à data, no histórico de presenças em Jogos Olímpicos, cuja presente edição inicia no dia 26, em Paris (França).
Fortunato Pacavira, já fora das competições, foi o autor da “façanha”, ao classificar-se para as meias-finais em Pequim`2008 (China), um marco nunca antes alcançado por nenhuma outra modalidade a nível nacional.
O antigo canoísta, que evoluiu na especialidade de 1000 metros (categoria C1), cronometrou o tempo de 4 minutos, 39 segundos e 538 milésimas.
Na sua segunda participação, nos Jogos de Londres`2012, Pacavira disputou a 3.ª série, ganha pelo espanhol David Cal Figueroa, com o tempo de 3 minutos 54 segundos e 590 milésimas, sendo considerado o segundo melhor tempo das três séries.
Desta vez, o atleta falhou às meias-finais ao terminar na 7.ª posição, tendo disputado depois a final B para as classificativas do 9.º ao 16.º posto.
O angolano fez o tempo de 4:43s.027, deixando para trás o britânico Richard Jeffries (4:48.511) e Alexander Dyadchuk, do Cazaquistão (4:44.175).
Entretanto, o ex-fundista João N´Tyamba é o atleta com maior participações, com seis edições dos Jogos Olímpicos, nomeadamente, Seul (1988), Barcelona (1992), Atlanta (1996), Sydney (2000), Atenas (2004) e Pequim (2008).
Sua maior performance surgiu “contra-natura”. O fundista trocou de especialidade e fez a sua estreia em maratona, tendo terminado na 17ª posição, com o tempo de 2h:16:43 segundos.
João N´Tyamba, de 56 anos de idade, foi vice-presidente da Federação Angolana de Atletismo.
O angolano, que representou clubes da Colômbia, EUA e Brasil, notabilizou-se na tradicional corrida de fim-de-ano “São Silvestre”, com a conquista do evento pedestre anual em 1999 e 2000.
Desde a primeira participação do andebol feminino nos Jogos Olímpicos de Barcelona´1992 (Espanha), a modalidade apresta-se a concorrer pela oitava vez.
A sua melhor classificação foi em 1996 (Atlanta), onde atingiu o 7º lugar, numa altura em que a competição inscrevia apenas oito países, ao contrário dos actuais 12.
As “Pérolas” (designação do combinado nacional feminino), estiveram em Atlanta´1996 (EUA), Sydney´2000 (Austrália), Atenas´2004 (Grécia), Pequim´2008 (China), Londres´2012 (Inglaterra), Rio´2016 (Brasil) e agora, em Paris´2024 (França).
A maior surpresa de Angola na competição, idealizada pelo barão francês, Pierre de Coubertin (Atenas`1896 - era Moderna), surgiu por via do basquetebol masculino, no torneio de 1992 em Barcelona, quando a selecção desfeiteou a Espanha, por 83-63, ou seja, por claros 20 pontos de diferença.
Este resultado, na altura inusitado, catapultou os "hendecacampeões" africanos aos quartos-de-final, com Jean Jacques da Conceição como o melhor cestinha do encontro, com 22 pontos marcados.
Angola, recorde-se, já esteve igualmente em Jogos Olímpicos com as modalidades de boxe, natação, vela, remo, judo e tiro aos pratos.
Na presente edição (Paris`2024), o país participará com as modalidades de canoagem, vela, natação, andebol, atletismo, judo e remo.IN/MC