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CAN`2023: Senegal defende título com jogadores da diáspora

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  • Bié • Quinta, 11 Janeiro de 2024 | 14h35
Selecção do Senegal defende título na Côte d´Ivoire
Selecção do Senegal defende título na Côte d´Ivoire
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Cuito – A selecção senegalesa, vencedora do Campeonato Africano das Nações em futebol (CAN`2021), defende o título na edição que se inicia sábado (13) com uma equipa composta, totalmente, por jogadores que actuam no estrangeiro.

De acordo com a lista divulgada, recentemente, pela Federação Senegalesa de Futebol, dos 28 convocados pelo seleccionador nacional, Aliou Cissé, cinco evoluem nas principais ligas asiáticas e 23 na II e I liga dos principais campeonatos europeus.

Entre os convocados da selecção, que lidera o ranking da Confederação Africana de Futebol (CAF), o destaque recai para a principal referência senegalesa, Sadio Mané, atacante do Al-Nassr, da Arábia Saudita, de 1,74 metros de altura, eleito o melhor jogador da edição anterior.

Destaca-se, também, o guarda-redes Edouard Mendy, o defesa Saliou Ciss e o médio Nampalys Mendy, que, juntamente com Sadio Mané, figuraram no 11 ideal do CAN2021.

Com estes atletas, o campeão foi a selecção mais representada no melhor onze da Taça das Nações Africanas, a seguir o Egipto, finalista vencido, representado pelo defesa Ahmed Fathi, o médio Mohamed Elneny e o avançado Mohamed Salah.

Em termo de novidades, o combinado do país de Leopold Sédar Senghor, que tem a designação de “Leões de Teranga", é marcado com a convocação, pela primeira vez, do guarda-redes Mory Diaw, dos defesas Ismail Joshua Jakobs, Krépin Diatta, Krépin Diatta, dos médios Lamine Camara, Pathé Ismaël Ciss e dos pontas Nicolas Jackson e Iliman Ndiaye.

Entretanto, ressaltam-se às ausências dos defesas Bouna Sarr, Saliou Ciss, Pape Abdou Cissé e Ibrahima Mbaye, dos médios Moustapha, Mamadou Loum Ndiaye, Joseph Lopye e dos pontas Keita Baldé Diao, Famara Dièdhiou e Mame Baba, que, em 2021, integraram o conjunto que conquistou o primeiro título de campeão africano.

Os Leões de Teranga, inseridos no grupo C, vão competir, na fase de grupo, contra os Camarões, Gâmbia e Guiné, com uma equipa cuja idade média é de 26,93 anos (21 para o mais novo e 34 para o mais velho), tornando-se na nova selecção mais velha da competição, atrás da República Democrática do Congo, numa lista liderada pelo Egipto, com a média de idade de 28,85.

Desde 2015 comandados por Aliou Cissé, umas das referências do futebol senegalês, os senegaleses vão jogar, na ronda inaugural, na próxima segunda-feira, dia 15, contra a Gâmbia, no estádio Charles Konan Banny, em Yamussucro, capital política e administrativa da Côte d`Ivoire.

Neste palco, construído entre 2018 e 2022, com capacidade para albergar 20 mil espectadores, serão igualmente disputados os jogos do Grupo B e alguns do grupo D, bem como o sexto duelo dos oitavos-de-final e o quarto jogo dos quartos-de-final.

O Senegal conquistou o seu primeiro título do Campeonato Africano das Nações (CAN) em futebol na edição disputada em 2022, nos Camarões, ao vencer, na final, a selecção do Egipto, por 4-2, no desempate por grandes penalidades, após um 0-0 no final da partida.

Esta foi a sua terceira final, sendo que a primeira aconteceu em 2002 e a segunda em 2019, onde perdeu com selecção dos Camarões e da Argélia, respectivamente.

Em termos estatísticos, tem o registo de 16 participações em fases finais do CAN, figurando no top 10 das selecções com mais presença, cuja lista é liderada pelo Egipto e Cote d´Ivoire e Gana, com mais de 20, cada.

A primeira participação dos Leões de Tarenga foi em 1965, seguindo-se em 1968, 1990, 1992, 1994, 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2012, 2015, 2017, 2019 e 2021.

Organizou a competição em 1992, atingindo os quartos-de-final.

Ainda no seu histórico, tem também o registo de impor uma das terceiras melhores goleadas da competição, por 5-1, na sua estreia, em 1965, sobre a Etiópia, em prova realizada na Tunísia.

Idrissa Cana Guèye, Kalidou Koulibali, Cheikhou Kouyaté, Ismaila Sarr e Sádio Mané são, entre os convocados, os jogadores com mais presença na fase final do CAN, ao participarem pela terceira vez consecutiva.

Eis a lista dos 28 convocados de Aliou Cissé

GUARDA-REDES: Édouard Osoque Mendy (Al-Ahlida Arábia Saudita da Ásia), Seny Timothy ieng (Middlesbrough da II Divisão da Inglaterra), Mory Diaw (Clermont de França) e Alfred Gomis (Lorient de França)

DEFESAS: Kalidou Koulibaly (Al-Hilal da Arábia Saudita), Formose Mendy (Lorient de França), Abdou Diallo (Al-Arabi do Catar), Ismail Joshua Jakobs(Monaco da França), Krépin Diatta (Monaco), Moussa Niakhaté (Nottingham Forest da Inglaterra), Youssouf Sabaly (Betis de Espanha), Fodé Ballo-Touré (Fulham da Inglaterra) e Abdoulaye Seck (Maccabi Haifa da I Divisão de Israel)

MÉDIOS: Pape Matar Sarr (Tottenham Hotspur da Inglaterra), Lamine Camara (Metz da Ligue 1 de França), Nampalys Mendy (Lens da França), Idrissa Gana Gueye (Everton da Inglaterra), Pathé Ismaël Ciss (Rayo Vallecano da Espanha), Pape Guèye (Marseille da França), Cheikhou Kouyaté (Nottingham Forest)

ATACANTES: Sadio Mané (Al-Nassr, da Arábia Saudita), Nicolas Jackson (Chelsea da Inglaterra), Ismaïla Sarr (Marseille), Iliman Ndiaye (Marseille), Habib Diallo (Al-Shabab da Arábia Saudita), Bamba Dieng (Lorient), Abdallah Sima (Rangers da I Divisão da Escócia) e Krepin Diatta (Mónaco).

Origem da designação Leões de Teranga

O apelido da equipa senegalesa tem origem nas características culturais do país africano.

A primeira palavra, obviamente, tem que ver com o Leão, um animal que demonstra força e é símbolo na África.

Já quanto a expressão “Teranga”, não existe uma tradução literal, mas é uma forma de vida que os senegaleses abraçam para reproduzir em seu quotidiano.

Grosso modo, é uma palavra que significa a aceitação do outro indivíduo, a harmonia para conviver e a hospitalidade.

Não há um consenso de quando o termo surgiu ou foi utilizado pela primeira vez. Porém, o seu uso, para designar a selecção, foi uma forma de unir um país que havia se tornado independente, quando efectuou o seu primeiro jogo oficial em 1961, pouco depois da Independência.

No entanto, foi o primeiro presidente do Senegal, Leopold Sédar Senghor, quem popularizou a expressão, com o propósito de unir as diferentes etnias que estavam dentro do mesmo espaço geográfico como Nação. VKY/PLB/MC





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