CAN`2023: Atletas enaltecem entrega dos Palancas Negras

     Desporto           
  • Luanda     Sábado, 03 Fevereiro De 2024    07h32  
Tiago Azulão Jogador do Petro
Tiago Azulão Jogador do Petro
Domingos Cardoso - ANGOP

Luanda - O desafio de sexta-feira entre Angola e Nigéria (0-1), para os quartos-de-final do CAN`2023, na Côte d`Ivoire, motivou a concentração de amantes do futebol para apoio à Selecção Nacional, altura em que é unânime a opinião de bom desempenho.

Numa ronda efectuada pela a ANGOP, por vários pontos da cidade de Luanda, notou-se a mobilização dos amantes do desporto “rei” em torno do combinado nacional em espaços a céu aberto (Fan Zones) e restaurantes com telas gigantes.

Predominantemente vestidos com indumentárias de cores da bandeira nacional, o vermelho, amarelo e preto, munidos de vuvuzelas, apitos e outros artifícios sonoros, o ambiente foi de pura festa de futebol.

Apesar da derrota no final e o consequente adiamento do sonho de chegar a uma inédita meia-final desta prova da CAF, as reflexões são positivas, quanto ao desempenho de Angola na prova.

Chegar aos quartos-de-final em três ocasiões, designadamente, no Ghana`2008, em Angola`2010 e agora na Côte d`Ivoire`2023 é tido como um feito de grande nível, tendo em conta os condicionalismo impostos antes e durante a preparação para os eventos.

Na sequência, a reportagem da ANGOP ouviu alguns actores do futebol nacional sobre a participação do país na competição e a unanimidade é de que o dever foi cumprido.  

Econtramo-lo numa Fan Zone na Ilha de Luanda, o atacante Tiago Azulão, por exemplo, afirmou que os Palancas Negras tiveram muitas chances para chegar ao golo, mas que o adversário tem muito mais experiência e conservou a vantagem de um golo até ao fim da partida.

O melhor marcador do Campeonato Nacional de Futebol “Girabola” em 2017 e 2018, pelo Petro de Luanda, disse que os jogadores da selecção surpreenderam pela positiva, considerando que a campanha no CAN`2023 foi positiva.    

“Angola esteve muito bem, foi muito bonito ver o país unido e animado a torcer para que a selecção de Angola fosse para as meias-finais do campeonato africano”, reiterou.

Para o meio campista, Carlos do Carmo “Carlinho”, Angola fez história na competição que junta as melhores seleções de África.

O atleta do Petro de Luanda referiu que ficar na primeira posição da fase de grupos (D) de uma série com potências como Argélia, Mauritânia e Burkina Faso e eliminar a Namíbia nos oitavo-de-final, foi um grande feito para o país.

Para ele, perder nos quartos-de-finais com a Nigéria, por apenas um golo e com todo o desempenho em campo, mostra que Angola evoluiu muito e que está cada vez mais próxima das grandes selecções africanas.

De acordo com Carlinhos, a caminhada de desafios para os Palancas Negras ainda não acabou, referindo-se aos jogos do apuramento ao Campeonato do Mundo de 2026.

O outro médio do Petro de Luanda, Mário de Oliveira “Ito”, disse que Angola perdeu com dignidade por ter lutado até ao fim e nunca ter cruzado os braços.

Segundo Ito, faltou aos Palancas Negras maior experiência, mas que ficou demonstrada a evolução do futebol angolano pelos números alcançados no torneio e pelas exibições em campo.

 “Foi muito bonito ver Fan Zones por toda Luanda com centenas de angolanos ansiosos pela passagem aos quartos-de-final. As lágrimas que muitos deitaram após o jogo foram  de alegria, por tudo que os jogadores fizeram em campo, para dignificar as cores da nação”, acrescentou.

Já o ex-internacional, João Santos “Jamba”, afirmou que os nigerianos respeitaram Angola ficando esse facto notório pela forma cautelosa, no receio de arriscar perante uma adversária bem estruturada e voluntariosa.

Afirmou que o adversário conseguiu um golo por causa de uma falha do sector defensivo, que não conseguiu colmatar desde a fase regular da prova continental.

Jamba referiu que, no cômputo geral, os Palancas Negras estiveram bem, até neste último desafio com a Nigéria, apesar da derrota escassa (0-1).

Para ele, é necessário aceitar que a Nigéria tem bons executantes e conseguiu chegar ao golo, o que poderia ser o contrário, porque os jogadores angolanos lutaram muito para inverter o quadro. 

Na Fan zone, na arena da Ilha de Luanda, estiveram concentrados mais de mil espectadores, entre jogadores da actualidade, antigos praticantes e dirigente das administrações municípais de Luanda.

BSV/MC





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