Kinshasa (Dos enviados especiais) - Algumas reacções de optimismo e também de cepticismo foram perceptíveis este domingo, em Kinshasa, quanto à qualificação da selecção de futebol da RDC à segunda fase do Campeonato Africano das Nações (CAN’2023), que decorre na Côte d'Ivoire, depois do empate (1-1) diante da similar de Marrocos.
O desafio era referente à segunda jornada do Grupo F da 34ª edição da maior cimeira futebolística do continente.
Foi notável a concentração de cidadãos, vestidos com as cores da bandeira nacional ou com a efígie do Presidente da República, Félix Tshisekedi, investido no sábado, para um segundo mandato de cinco anos, como sinal de apoio à selecção.
Num dos restaurantes de Kinshasa, o golo de Marrocos apontado aos seis minutos por Hakimi emudeceu a plateia.
Os ânimos voltaram ao de cima quando Cedric Makambo desperdiçou a ocasião de empatar o jogo, ao falhar a transformação de um pênalti, aos 42 minutos.
Pelo tom alto dos comentários, essencialmente em lingala, percebia-se o exaltar dos ânimos até ao esperado empate, que surgiu aos 76 minutos.
Com golo de Katompa Mvumpa, o empate veio minimizar as críticas aos jogadores e ao treinador, com questionamentos sobre as suas qualidades.
O golo foi aplaudido de pé e efusivamente, com dizeres como ‘’Deus é Grande, fez Justiça, e para a frente congoleses’’.
A plateia exclamou por mais um falhanço, na grande área aos 82 minutos, tido como uma soberana oportunidade de a RDC se colocar na liderança do Grupo, onde está com apenas dois pontos, fruto de dois empates.
No Grupo F, Marrocos lidera com quatro pontos, seguido da RDC e da Zâmbia com dois e a Tanzânia (1) ocupa o último posto.
Nas redes sociais, como Facebook, internautas criticaram a actuação de Makambo, por ter falhado a marcação do pênalti.
Alguns sugeriram que devia ter como missão apenas a guarda dos telemóveis dos colegas de selecção.
Enquanto isso, Angola lidera o Grupo D com quatro pontos, os mesmos que o Burkina Faso, no segundo posto. Seguem-se a Argélia com dois e a Mauritânia na última posição sem pontuar.
O CAN estava previsto para 2023, mas devido ao período intenso de chuvas na Côte d’Ivoire, a Confederação Africana de Futebol (CAF) transferiu-o para o presente ano. JFS/FN