Luanda - O Campeonato Africano das Nações em futebol (CAN´2023), que se inicia este sábado (13), até 11 de Fevereiro, na Côte d´Ivoire, é antecedido de alguns acontecimentos insólitos.
A título de exemplo, Babacar Niasse, guarda-redes mauritano (1.96 m), é o jogador mais alto da prova, que deveria acontecer em 2023, com a Mauritânia a partilhar o Grupo D com Angola, Argélia e Burkina Faso.
Por outro lado, o jogador da selecção do Gabão, Guélor Kanga Kaku, reunir-se-á com o Comité Disciplinar da CAF, para explicar por que a sua mãe morreu em 1986, mas ele nasceu em 1990.
Já o futebolista do Petro de Luanda, Gilberto, finalmente foi chamado para integrar a selecção angolana em substituição do recusado Mbala Nzola, depois de não constar da primeira chamada do seleccionador Pedro Gonçalves, muito contestado pelos adeptos.
Assim, o jogador angolano viu o seu empenho na prova interna e continental pelo seu clube a ser compensado nos Palancas Negras, designação da selecção nacional.
Os jogadores que compõem a selecção da República Democrática do Congo (RDC) reuniram-se e fizeram a foto exclusiva da equipa cada um com o equipamento do clube que representa. Uma estratégia que rendeu muitos elogios sem esquecer o bom "marketing" que isso vai dar.
O defesa senegalês Formose Mendy relevou as fotos de sua mãe em suas caneleiras, para os jogos do CAN´2023. A acção é uma homenagem à sua mãe e "motivo de sorte" nas partidas.
A Selecção da Gâmbia recusou-se a treinar e os jogadores estão a exigir o seu dinheiro, equivalente a 15 mil dólares norte-americanos cada, resultante dos prémios de qualificação ao CAN´2023. A equipa não quer viajar para Côte d´Ivoire até que o bónus seja pago.
Uma das grandes atracções da arbitragem no CAN da Côte d'Ivoire será a presença da marroquina Karboubi Bouchra, 36 anos, a única senhora escolhida pelo Comité de Árbitros da CAF, para ajuizar partidas no evento.
Natural da cidade de Taza, nordeste do Reino de Marrocos, a juíza está na arbitragem desde 2001, ano em que frequentou o curso da modalidade que considera ser a sua "grande paixão”.
Deste modo, Karboubi Bouch encabeça a lista de seis senhoras presentes na Côte d'Ivoire. As outras são assistentes (duas) e três vídeo árbitros.
Trata-se da camaronesa Carine Atezambong e da zambiana Diana Chicotesha, ambas assistentes, e das vídeo árbitros Rivet Maria Pakuita Cinquela (maurícia), Mukansanga Salima Rhadia (rwandesa) e Akhona Zennith Makalima (sul-africana).
Os jogadores sul-africanos receberão bónus de sete milhões de dólares, caso vençam o CAN´2023. A Associação Sul-Africana de Futebol (SAFA) garantiu o prémio de sete (7) milhões de dólares norte-americanos (cerca de 5,8 mil milhões em kwanzas) à selecção, caso conquiste o título de campeão do CAN´2023.
Este valor atribuído da SAFA equivale ao que a CAF deverá também atribuir à selecção campeã da competição. Ou seja, os “Bafana-Bafana” receberiam 14 milhões de dólares norte-americano se vencerem a prova.
A selecção sul-africana integra o Grupo E do CAN´2023, ao lado das congéneres da Tunísia, do Mali e da Namíbia.
A República Centro-Africana (RCA), o Tchad, o Djibuti, a Eritreia, a Swazilândia, o Lesoto, São Tomé e Príncipe, as Seicheles, a Somália e o Sudão do Sul são países que nunca se qualificaram para o CAN.
Um dado interessante neste CAN será a primeira edição com a presença de quatro selecções de países de língua oficial portuguesa (Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Moçambique). VAB