Huambo – A Associação de Atletismo no Huambo está sem dinheiro para o retorno da prova local da São Silvestre, denominada “Okupitissa Ulima”, revelou, esta terça-feira, à ANGOP, o presidente da agremiação, Cleofas Jorge.
A prova de atletismo Okupitissa Ulima, uma expressão em Umbundo, que em português significa “Fazer passar o Ano”, foi instituída em 2019, com a realização da primeira edição, numa iniciativa que visa dar oportunidade de competir aos atletas federados, paralímpicos e populares, que não conseguem participar na competição nacional da São Silvestre.
A competição havia sido suspensa em 2020, por conta das implicações da pandemia da Covid-19 e, apesar do levantamento de todas as restrições impostas pelas autoridades, dificilmente irá sair às ruas da cidade do Huambo, por falta de financiamento.
O presidente local da Associação de Atletismo na província do Huambo, Cleofas Jorge, disse que a falta de recursos financeiros constitui o principal constrangimento para a realização da II edição da prova.
O responsável disse que a organização necessita, no mínimo, de 400 mil Kwanzas, para suportar os encargos da competição, como a compra de 12 taças e 25 medalhas para os vencedores, confecção de 50 certificados para os atletas participantes, compra de água e pagamento aos demais intervenientes, como juízes e cronometristas.
Referiu que para se encontrar a solução desta situação, tendo em conta a falta de abertura da classe empresarial para a apoiar a modalidade, a associação endereçou um caderno de encargos ao Governo da província do Huambo, onde contem todas as despesas necessárias, porém sem resposta satisfatória até ao momento.
Cleofas Jorge fez saber que a competição tem como objectivo a comemoração da passagem de ano e a massificação da modalidade, com a descoberta de novos talentos, por contar com a participação de todos os interessados da província, desde federados e não federados.
Huambo corre São Silvestre com dois atletas federados
O responsável disse que a província do Huambo será representada na 66ª edição da corrida pedestre nacional de fim de ano, denominada ‘’São Silvestre 2022’’, agendada para 31 do corrente mês, por dois atletas que vão compor a selecção local.
Trata-se dos velocistas Elias João Miguel e Constantino Cambule, que correm de forma individual.
O presidente da Associação de Atletismo fez saber que os dois atletas preparam a prova, ao detalhe, com o objectivo de melhorar o 14º lugar de melhor angolano, alcançado na edição passada, realizada em Março último, por conta da Covid-19.
Acrescentou que a meta para esta edição passa em ocupar um dos lugares do pódio da competição que vai contar com atletas das 18 províncias do país e do estrangeiro.
Para além dos atletas da selecção, fez saber que a província será representada por outros quatro paralímpicos, masculino e feminino, com dois cada, e 17 populares dos municípios de Caála, Chinjenje, Huambo e Longonjo.
Lembrou que na prova de Março último, a província foi representada por oito atletas, entre integrantes da selecção, paralímpicos e populares.
A 66ª edição da São Silvestre, com tiro de largada que acontece no Largo da Mutamba (18 horas), passará pelos largos Serpa Pinto e da Maianga, Avenida Revolução de Outubro, túnel do Prenda, Ho-Chi Minh e Largo das Heroínas.
Vai percorrer, ainda, pela avenida Alameda Manuel Van-Dúnem, Avenida Comandante Valódia, Rua da Missão, Cirilo da Conceição, Avenida 4 de Fevereiro, Largo do Baleizão, rua Manuel Fernando Caldeira e chegada ao estádio dos Coqueiros.
