Cuito – O fundista Severino Vicente, da equipa Kulupuca, da província de Luanda, venceu hoje, quinta-feira, a décima edição da prova nacional de atletismo denominado "Cuito Cidade Invicta", com o tempo de 30 minutos e três segundos, num percurso de 10 quilómetros.
Na segunda posição ficou Celestino Cambuli, do Camanga Fashion do Huambo, com 30 minutos e 20 segundos, ao passo que Elgas Miguel, do Interclube, quedou-se no terceiro posto, com 30 minutos e 44 segundos.
Já em femininos, a prova foi toda dominada pelas atletas do Interclube, sendo a vencedora Ernestina Paulino, seguida de Adelaide Machado e Regina Rebeca.
Nos paralimpicos saiu em primeiro Sabino Tchipes, da classe T47, seguido de João Feliciano, T11, e Amadeu Chiqte, T11.
Os vencedores de cada classe foram agraciados com troféus e estímulos no valor de 80, 70 e 50 mil kwanzas, para o primeiro, segundo e terceiro classificados.
Participaram nesta edição atletas das províncias do Huambo, Huila, Luanda, Lunda Sul, Moxico e Bié.
Na edição passada venceram a prova os fundista Avelino Sanganhale (masculino) e Lúcia Capingãga (feminino).
A prova "Cuito Cidade Invicta" faz parte do calendário da Federação Angolana de Atletismo (FAA) e visa saudar o aniversário do Cuito, que hoje, 31 de Agosto, celebra 88 anos de existência, desde que foi elevada à categoria de cidade.
Anteriormente denominado por Silva Porto, o Cuito é um dos nove municípios que compõe a província do Bié e está situado na região planáltica e central de Angola, a 82 quilómetros a leste do centro geodésico do país (Camacupa).
Breve historial do município
Reza a história que o distrito do Bié foi fundado em 1922 por Vié, no século XVIII, caçador de elefantes de origem Umbi, que, depois de se instalar na região de Belmonte, tornou-se o soberano da região. Vié veio a chamar-se mais tarde de vila de Silva Porto, actual cidade do Cuito.
A Vila de Silva Porto, segundo fontes escritas, foi elevada à categoria de cidade através do diploma legislativo nº 740 de 31 de Agosto de 1935, sob proposta dos habitantes, através do estatuto de vila, por ser a região onde os portugueses deram início às campanhas de penetração, com destino ao leste de Angola.
A sua população pertence ao grupo etnolinguístico ovimbundo, que é a maioria. Há ainda os ovinganguelas, tchokwe e songos.PLB