APF do Moxico refuta decisão da FAF

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  • Moxico • Segunda, 04 Setembro de 2023 | 20h39
Moxico: Presidente da Associação de Porvincial de Futebol do Moxico, Lilito Freitas
Moxico: Presidente da Associação de Porvincial de Futebol do Moxico, Lilito Freitas
David Dias

Luena – O presidente da Associação Provincial de Futebol do Moxico (APFMX), Lilito de Freitas, disse, esta segunda-feira, no Luena, terem sido “extremas” as sanções impostas pelo Conselho de Disciplina da Federação Angolana de Futebol (FAF) ao Petro de Luanda, Académica do Lobito e Kabuscorp do Palanca.

Na última sexta-feira, o Conselho de Disciplina da FAF suspendeu a equipa de futebol do Petro de Luanda, por um período de dois anos.

A entidade de disciplina do órgão reitor da modalidade no país alegada que aplicou tal sanção pela falta de colaboração do clube "tricolor" para se esclarecer o teor de um áudio que retrata pretensos casos de corrupção no futebol no país.

No mesmo pendor, a Académica do Lobito foi punida com baixa de divisão por corrupção num jogo da Taça de Angola (22/2023) e multa no valor correspondente a 80.000 UCF (1 UCF equivale a 88 kwanzas), tal como o Kabuscorp do Palanca (descida de divisão e  multa semelhante).

Na sequência deste caso, o 1.º de Agosto foi sancionado com uma multa no valor correspondente a 2.000 UCF, por “inobservância dos seus deveres" com a FAF.

Ao reagir a essa medida, o presidente da APFMX condenou qualquer acto de corrupção no futebol nacional, porém, entende que as medidas impostas pela FAF contra os referidos clubes são desajustadas, tendo em conta o seu impacto na manunteção e desempenho da competição.

Segundo Lilito de Freitas essas sanções serão prejudiciais para as equipas nacionais, principalmente as que estão nas competições africanas, devido à falta de jogos, tendo solicitado maior ponderação do Conselho de Disciplina do órgão reitor do futebol no país.

“Julgo que deveria haver ponderação por parte da FAF, porque o que foi dito até agora, não há razões para aplicação de medida tão gravosa, com a suspensão do Petro de Luanda”, reforçou.

Essas medidas são inaceitáveis, continuou, porque prejudicam o campeonato nacional, que já se tem debatido com vários problemas administrativos e financeiros, marcado por inúmeras paralisações.

Os factos remontam de Junho último, quando vazou um áudio nas redes sociais em que o treinador Agostinho Tramagal  revela pormenores sobre a vitória da Académica do Lobito ante o 1.° de Agosto, por 1-0.

No som atribuído a Tramagal, ouve-se o técnico a dizer que recebeu três milhões de kwanzas do Petro de Luanda para vencer o jogo contra o D’Agosto, que comandava a prova, o que, a acontecer, guiaria os "tricolores" para a primeira posição do Girabola 2022-23, o acabou ocorrer.

Agostinho Tramagal relata que terá ficado com um milhão e dividido dois milhões entre os jogadores, que receberam 100 mil kwanzas cada.

O treinador Agostinho Tramagal, da Académica do Lobito, foi suspenso por quatro anos, com multa correspondente a 6.000 UCF, por corrupção, e Bento Kangamba, presidente do Kabuscorp, igualmente por quatro anos e a mesma multa. TC/YD





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