Luanda - A antiga atleta Justina Praça apontou a selecção nacional feminina de andebol como a favorita do grupo C do Campeonato Africano das Nações que arranca esta terça-feira, na cidade camaronesa de Yaoundé.
Ao lado de Cabo Verde, adversária de estreia quarta-feira, e Congo Brazzaville com quem fecha a fase inicial dia 13, a ex-guarda-redes do sete nacional afirmou segunda-feira à ANGOP ser Angola teoricamente superior, sendo uma amostra disto os 13 títulos conquistados das 23 edições disputadas.
Sobre Cabo verde, a actual presidente da Associação Angolana a Mulher e o Desporto (AMUD) disse trata-se de uma oponente estreante e com parcos argumentos no andebol feminino africano, sendo provável uma vitória de Angola com menos dificuldades.
Para a jogadora mais valiosa (MVP) em 2013 ao serviço do Lorraine de França, é importante, no entanto, não subestimar as cabo-verdianas para acautelar eventual surpresa.
Já sobre o jogo contra o Congo Brazzaville, a antiga atleta do Petro de Luanda disse tratar-se de uma partida de elevada exigência e que servirá também para testar o espírito de entreajuda do colectivo.
Referiu que as congolesas são mais corpulentas, pelo que a opção das pupilas do seleccionador Filipe Cruz será o jogo rápido e criativo.
Lembrou que no último confronto entre si na edição de 2018, na condição de anfitriã, esta oponente mostrou-se difícil, sobretudo na etapa inicial, mas Angola acabou vencendo por 32-19, fruto da maior experiência, da eficácia defensiva e ofensiva.
Justina Praça, que integrou a selecção nos jogos olímpicos de 1996 (Estados Unidos) e 2000 (Sidney, Austrália), referiu que a sua preocupação no grupo C era a Argélia, que acabou desistindo da competição.
No plantel argelino, salientou, destacam-se várias atletas que evoluem em clubes europeus, pelo que a sua ausência nesta edição aumenta a hipótese de o país revalidar o troféu, depois do último em 2018 (a prova não se disputou em 2020 devido à pandemia da Covid -19).
Este CAN é qualificativo ao Campeonato do Mundo, a disputar-se em Novembro próximo, em Espanha.
Constituição da Selecção Nacional:
Teresa Almeida "Bá”, Helena de Sousa e Paulina da Silva (guarda-redes), Albertina Kassoma, Liliana Venâncio (pivôs), Helena Paulo, Isabel Guialo "Belinha” Carolina Morais e Marília Quizelete "Inglesa” (centrais), Juliana Machado, Natália Kamalandua, Wilma da Silva, Natália Bernardo e Dalva Peres (pontas), Wuta Dombaxi, Stélvia Pascoal, Azenaide Carlos e Magda Cazanga (laterais).