Luanda - O angolano Mbala Nzola, que joga na Fiorentina da Série A de Itália, está cotado no mercado internacional em 10 milhões de euros (um euro equivale a 893,76 kwanzas), sendo o quinto futebolista mais valioso da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
De acordo com uma sondagem, realizada por uma revista especializada africana, a lista integra ainda outro angolano, Zito Luvumbo, coincidentemente também a evoluir no campeonato italiano, pelo Cagliari.
Numa lista de 10 integrantes, Luvumbo é o nono colocado com o passe actualmente avaliado em cinco milhões de euros.
Lidera a lista o moçambicano Reinido Mandava, cujo passe vale 20 milhões de euros, secundado pelo zambiano Patson Daka (EUR 18 milhões) e em terceiro Lyle Foster, da África do Sul (EUR 13 milhões).
O quarto posto é ocupado por Marshall Munetsi, igualmente do Zimbabwe (EUR 10 milhões), seguido de Mbala Zola.
Jordan Zemura, do Zimbabwe, figura na sexta posição (EUR 6 milhões), Fashion Sakala, da Zâmbia, é o sétimo (EUR 5,5 milhões), vindo em seguida o sul-africano Bongokuhle Hlongwane (EUR 5 milhões).
Completam a lista Zito Luvumbo e Marvelous Nakamba, do Zimbabwe (EUR 4 milhões).
Após várias ausências ao serviço da Selecção Nacional, Mbala Nzola pode ser a surpresa na convocatória de Pedro Gonçalves, a ser divulgada terça-feira (7), via Zoom, para os confrontos com Cabo Verde (1ª jornada dia 16) e Ilhas Maurícias (2ª jornada dia 20), no Grupo D das qualificativas para o Campeonato do Mundo de 2026.
O avançado é um dos melhores marcadores da série A italiana, com 12 golos em 23 partidas disputadas até agora.
Com 26 anos de idade, o ponta-de-lança protagoniza a sua melhor época da carreira em termos de números, mas para lá chegar, passou por diferentes escalões, equipas e países.
A aventura contou com vários capítulos até se tornar numa das sensações da temporada de um dos melhores campeonatos do mundo, ainda para mais numa equipa que luta para se manter na Serie A.
MBala Nzola estreou-se pela Selecção Nacional em 2021, por intermedio do técnico Pedro Gonçalves, e depois de algum tempo ausente, cogita-se que regressa agora na corrida ao Campeonato do Mundo, em que Angola quer marcar presença pela segunda vez, depois do Mundial da Alemanha, em 2006.
Já Zito Luvumbo, 23 anos de idade, formado na academia do 1.º de Agosto, de Angola, despertou o mundo do futebol internacional no Campeonato do Mundo de Sub-17, decorrido em 2019, no Brasil, onde foi alvo de vários olheiros estrangeiros, ao ajudar o país a chegar aos oitavos-de-final da prova.
Desde então, tem sido referenciado pela crítica nacional e internacional como uma promessa quase pronta, com interesses por parte do Flamengo (Brasil), Lille e Mónaco (França), Leipzig (Alemanha), Boavista, Sporting e Vitória de Guimarães (Portugal), Manchester City e West Ham (Inglaterra).
A preferência recaiu, no entanto, para o Cagliari, na altura a competir na série B do campeonato transalpino, onde foi peça preponderante na subida, esta época, ao escalão superior (A).
Por conta do seu potencial, o extremo estendeu por mais cinco anos o seu contrato de patrocínio com a gigante norte-americana “Nike” até 2028, deixando de lado mais de 250 jogadores pelo mundo fora.
O atleta rubricou o seu primeiro contrato com a Nike aos 16 anos de idade, altura em que ainda jogava no 1.º de Agosto, tornando-se no primeiro jogador na história do futebol angolano a assinar um contrato com a gigante marca norte-americana, jogando no Campeonato Nacional “Girabola”.
No Cagliari, tem sido apelidado como o “abono de família” pelo seu contributo colectivo e individual. Em nove jogos, marcou quatro golos em 734 minutos em campo. MC